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Condenada por morte de grávida em Canelinha disse que assistiu Grey’s Anatomy

Assassina confessou que estudou pelo celular como fazer um parto forçado

• Atualizado

Redação

Por Redação

Rozalba Maria Grime. Foto: Ronaldo Penido | SCC SBT
Rozalba Maria Grime. Foto: Ronaldo Penido | SCC SBT

Rozalba Maria Grime, condenada pela morte de grávida em Canelinha, afirmou durante o Tribunal do Júri na última quarta-feira (24), que estudou pelo celular como fazer um parto forçado e assistiu todos os episódios da série médica Grey’s Anatomy. A série é mundialmente conhecida por retratar o dia a dia de personagens médicos de um importante hospital americano.

Rozalba confessou que levou Flávia Godinho Mafra para um local, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada confessou que usou um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.

A assassina foi condenada por todos os crimes pelos quais foi denunciada: homicídio qualificado, tentativa de homicídio e mais quatro crimes conexos – ocultação de cadáver, fraude processual, subtração de menor e parto suposto. A sentença final, somando as penas por todos os crimes, é de 56 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado, mais 8 meses de detenção. Rozalba não poderá recorrer em liberdade, pois a pena é superior aos 15 anos.

“Cecília terá uma vida brilhante, infelizmente sem a mãe”, conta familiar de grávida morta em Canelinha

Por Vitória Hasckel

Familiares de Flávia Godinho, a grávida morta em Canelinha, cederam entrevista ao SCC SBT na manhã desta quarta-feira (24), durante o julgamento de Rozalba Maria Grime, acusada de assassinar a vítima. Jennifer Costa, prima de Flávia, contou que a bebê, retirada brutalmente do ventre da vítima com um estilete, está saudável. A bebê foi ferida nas costas durante o crime.

“A Cecília está muito bem, muito saudável, é uma menina linda, vai ter uma vida brilhante, infelizmente sem a mãe por perto”, contou emocionada a familiar.

Jennifer afirmou que as famílias materna e paterna são muito unidas na criação da bebê, de um ano e três meses. “Estaremos sempre apoiando e cuidado dela como nossa princesa”, finalizou a prima.

Daniela Mafra, cunhada da vítima, disse não estar sendo fácil e que a família clama por justiça para ter um “conforto no coração”. “Para nós é muito complicado! Já se passaram um ano e três meses mas parece que foi ontem. Pedimos hoje justiça pela minha cunhada, por tudo que foi feito com ela e por tudo que passamos”, falou Daniela. “Não vai terminar aqui, jamais será esquecido, ela estará sempre na nossa memoria, mas que isso acabe e que a Justiça possa dar um ponto final no caso”, garantiu a cunhada. 

Segundo as provas produzidas em inquérito policial, no dia 27 de agosto a investigada Rozalba Maria Grime levou Flávia Godinho Mafra para um local, supostamente para participar de um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio. Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada teria usado um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.

Em seguida, Rozalba teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública, solicitando, portanto, ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, a qual constatou o crime.

Com informações de Ronaldo Penido | SCC SBT

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