Caso Miguel: MP pede condenação de Sari Corte Real

O Ministério Público de Pernambuco pediu a condenação da ex-primeira dama de Tamandaré, Sari Corte Real, por abandono de incapaz, qualificado por ter resultado em morte, no caso do menino Miguel. Agora, o processo seguirá para a manifestação da defesa da acusada. Se for condenada, ela pode pegar até 12 anos de prisão.

Tudo aconteceu em um prédio de luxo, em Recife, em junho de 2020. A mãe de Miguel Otávio Santana trabalhava como empregada e tinha saído para passear com o cachorro da patroa, Sari Corte Real, que permitiu que a criança, de 5 anos, entrasse sozinha no elevador. O garoto acabou morrendo após cair do 9º andar.

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O pedido foi protocolado na 1ª Vara dos Crimes contra Criança e Adolescente da capital. Segundo o promotor de Justiça, Humberto Graça, o fato do caso ter acontecido em momento de calamidade pública, teria sido um agravante, já que a creche que Miguel frequentava estava fechada em razão da pandemia. 

O Ministério Público alegou também não aceitar que Sari tenha se sujeitado a atender a vontade da criança, que não tinha condições de estar sozinha no elevador.