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Crime

Caso Miguel: mãe fica em silêncio e madrasta leva até juiz às lágrimas

Garoto foi morto aos 7 anos em julho; ex-casal pode responder por homicídio, tortura e ocultação de cadáver.

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

De acordo com as investigações, o menino foi amarrado e torturado dentro de casa | Reprodução
De acordo com as investigações, o menino foi amarrado e torturado dentro de casa | Reprodução

Foram concluídos, nesta sexta-feira (19), os depoimentos das testemunhas e das acusadas pela morte do menino Miguel, no litoral gaúcho. A mãe e a madrasta estão presas pelo crime.

De cabeça baixa e balançando as pernas, Yasmin Santos Rodrigues aparentava nervosismo no segundo dia de audiência. Ao ser chamada para o interrogatório, a mãe de Miguel preferiu manter o silêncio. “Ela só vai se pronunciar quando tivermos acesso a todos os autos do processo, ou então ela vai falar se for a júri”, disse o advogado Tomaz Gonzaga.

A namorada de Yasmin, Bruna Porto da Rosa, se emocionou ao ouvir o depoimento da própria mãe, testemunha do caso. Na vez dela falar, a madrasta de Miguel culpou a companheira e chorou ao contar como o menino foi morto. O depoimento fez com que até o juiz chorasse.

Segundo a advogada Helena von Wurmb, “a Bruna sustenta o tempo todo que estava na sala, que todas as vezes que tentou adentrar no comodo do quarto ela foi impedida”.

Se o magistrado entender que existem indícios da culpa, as duas serão levadas a júri popular por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. A promotoria pede pena máxima. “Todos os elementos de prova levam a um juízo de pronúncia que é justamente a confirmação daqueles termos que constam na denúncia, com objetivo de que elas sejam submetidas, sim, ao plenário do tribunal do júri”, afirmou o promotor André Luiz Tarouco Pinto.

Miguel dos Santos Rodrigues tinha 7 anos quando foi morto, dia 29 de julho, em Imbé, litoral gaúcho, a 130 quilômetros de Porto Alegre. De acordo com as investigações, o menino foi amarrado e torturado dentro de casa. Já morto, foi carregado dentro de uma mala pela própria mãe e jogado no rio Tramandaí. O corpo do garoto nunca foi encontrado.

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