Caso Henry Borel: Jairinho e Monique vão a júri popular
Para o pai de Henry, é mais um passo na busca por justiça pela morte do filho
• Atualizado
Com base em provas e depoimentos já colhidos ao longo do inquérito, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu que o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, padrasto de Henry Borel, e a mãe do menino, Monique Medeiros, irão a júri popular. Os réus serão julgados por 7 pessoas, cidadãos comuns escolhidos por meio de sorteio.
Para o pai de Henry, é mais um passo na busca por justiça pela morte do filho. “Entendemos que o júri popular é o sistema mais justo neste país. Nós estamos falando de crime contra a vida, crime hediondo, crime doloso contra a vida de uma criança”, afirma Leniel Borel.
Na decisão, a juíza Elisabeth Machado Louro destacou que as conclusões do laudo são seguras em afastar queda ou qualquer outro acidente doméstico como causa da morte do menino.
Mãe e padrasto são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa. O menino tinha 4 anos quando, em março do ano passado, foi levado pelo casal a um hospital do Rio, onde já chegou sem vida. O laudo do IML apontou 23 lesões no corpo da criança.
A juíza determinou ainda que Jairinho permaneça preso, já que responde a mais dois processos em que é acusado de agredir menores de idade. Com relação a Monique, ela continuará aguardando, em liberdade, o julgamento que ainda não teve data marcada.
Os advogados de defesa de ambos os réus vão recorrer da decisão. “Uma decisão proferida por uma juíza suspeita, que não reflete a realidade dos fatos e que será combatida nos tribunais superiores”, alega o defensor de Jairinho.
“A senhora Monique comprovou, ao longo de todo o processo, que é inocente e não concorreu para a morte de seu pequeno filho”, argumenta o advogado da mãe de Henry.
A pedido do Ministério Público, foi retirada a acusação de fraude processual contra os réus. Monique não vai mais responder também pelos crimes de tortura e falsidade ideológica. E Jairinho, por coação.
O pai de Henry diz estar confiante na condenação dos dois. “Para que todo agressor nesse país pense 10 mil vezes antes de agredir uma criança, antes de assassinar uma criança, porque o que acontecer com Monique e Jairo vai ser para qualquer agressor nesse país”, defende Leniel Borel.
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