Cão morre eletrocutado e corpo é retirado da calçada após 24 horas
Após o incidente, os tutores enfrentaram dificuldades para retirar o corpo do animal
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O casal, Marina Guedes Corrêa e Rafael Kahane, passeava com Bartho, de 10 anos, quando o cão encostou em um fio elétrico e morreu instantaneamente. O acidente ocorreu na manhã de sábado (12) por volta das 7h20 na Rua Diogo de Quadros, em São Paulo. Após o incidente, os tutores enfrentaram dificuldades para retirar o corpo do animal.
Depois de 24 horas sem conseguir que a Enel fosse ao local para desenergizar o fio, Rafael e Marina decidiram postar sobre o caso nas redes sociais, o que gerou repercussão. Uma equipe da concessionária apareceu no local pouco antes das 13h deste domingo (30).
O casal havia contatado a polícia e o Corpo de Bombeiros, mas foi informado de que apenas a presença da Enel poderia permitir o resgate do corpo de Bartho em segurança. “Você não tem ideia do que é deitar na cama com um sentimento de abandono. Saber que o seu cachorro estava lá, ainda que sem vida, sem ninguém para protegê-lo”, desabafou Rafael.
Após o incidente, Rafael abriu vários chamados para a Enel, mas sem sucesso. Vizinhos também tentaram contato, mas o corpo do cão permaneceu na rua durante a noite, preso ao fio energizado. “Tinha um cabo partido em que uma criança, um outro cachorro poderiam encostar. Havia um risco à vida ali. Mas o tempo foi passando e nada”, ressaltou.
Posição da Enel
A Enel lamentou a morte do animal e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que entrará em contato com os tutores para oferecer assistência. A empresa explicou que o incidente ocorreu quando o cão entrou em contato com um cabo de média tensão, que havia rompido devido a um severo evento climático na área. A distribuidora isolou o risco e enviou uma equipe para realizar os reparos necessários na rede.
Rafael contou que passeios como o de ontem são parte da rotina do casal, que também é tutor da cadela Jujuba, adotada assim como Bartho. Ele expressou a dor de perder um animal de estimação: “É muito dificil ver o cachorro que você cuidou, que você ama, que você dá carinho, partir dessa forma na sua frente. Não é fácil. Tivemos que nos segurar para não ir no instinto de tentar tirá-lo dali. Mas vi que o choque foi muito forte e não havia mais nada para ser feito. Então, foi um sentimento muito forte de impotência”.
Ele mencionou que não queria levar o caso a público, mas diante da ineficiência do atendimento, sentiu que essa era a única solução. “Não queria tornar isso público, mas fui obrigado para conseguir resolver o meu caso. Agora, vamos dar um enterro digno para o Bartho. A sensação que temos nesse momento é uma mistura de alívio, por termos retirado o corpo, com raiva e tristeza”, concluiu Rafael.
*Com informações de UOL
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