Cão farejador da PM distingue massa corrida de cocaína
Três dos envolvidos pegaram pena de mais de 15 anos de prisão
• Atualizado
Um cão farejador da Polícia Militar, que durante ação de combate a entorpecentes ficou praticamente “enlouquecido” pela quantidade de resquícios de drogas localizados no interior de uma residência, colaborou para a manutenção da condenação de quatro homens responsabilizados pelo tráfico de maconha e cocaína em postos de combustíveis, na região da Grande Florianópolis cortada pela BR-101.
O poder judiciário divulgou as informações na última sexta-feira (18), e segundo eles, os acusados, em depoimento, justificaram o pó branco encontrado no chão da casa como resultado da aplicação de lixas para remover a massa corrida das paredes recém-pintadas.
A desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, relatora da apelação na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, neste porém, defendeu a atuação do animal.
“Um cão farejador (…) é treinado para usar seus sentidos, principalmente o olfato, para detectar uma variedade de substâncias, incluindo drogas. Seu olfato é 2 mil vezes mais forte e 50 mil vezes mais sensível do que o de um humano. (…). O animal e seu tutor são submetidos a extenso treinamento e somente são utilizados em diligências de campo quando suas habilidades progridem a ponto de detectar as substâncias para as quais foram treinados”, disse.
O material apreendido passou por perícia técnica, que confirmou se tratar de entorpecente. Com pequena adequação nas penas, três dos envolvidos foram condenados a penas que somadas passam de 15 anos de prisão mais 1,5 mil dias-multa; o quarto homem, com participação periférica, recebeu pena de um ano e oito meses de reclusão, substituída pelo pagamento de multa no valor de um salário mínimo mais prestação de serviços comunitários pelo período da condenação. A decisão foi unânime.
A prisão do grupo ocorreu em 3 de abril de 2020, após campana montada pela PM no bairro onde moravam seus integrantes. Denúncias apontaram que eles eram responsáveis pela distribuição e comercialização de drogas em postos de combustíveis da Grande Florianópolis, principalmente entre caminhoneiros.
Pouco mais de 100 gramas de maconha e 32 gramas de cocaína foram localizados em seus endereços, além de balanças de precisão e plásticos para embalagem das drogas. Foram apreendidos ainda, em espécie, cerca de R$ 3 mil e US$ 100.
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