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Barragem de hidrelétrica se rompe no interior do Mato Grosso

Não houve vítimas, mas o dano ambiental ainda não foi calculado

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: SBT News/Reprodução
Foto: SBT News/Reprodução
Atualização: A empresa e a Polícia Civil retificaram a informação, divulgada inicialmente por diversos veículos de comunicação, de que, a barragem era ilegal.

Uma barragem de hidrelétrica se rompeu nesta semana, em uma fazenda, em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá e destruiu parte de uma floresta. Não houve vítimas, mas o dano ambiental ainda não foi calculado. Policiais Civis realizaram a perícia do local na manhã de sexta-feira(10).

Segundo informações da polícia, a barragem era feita de terra e teria sido construída por produtores da Associação dos Produtores Rurais do Vale do Rio Cedro (Aprovale), que detém, segundo a Polícia Civil, cerca de 15 hectares na fazenda do Grupo Cortezia.

E razão das fortes chuvas desta semana, as comportas de terra da barragem não suportaram a pressão e se romperam. De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) – o órgão identificou – por imagens de satélites, que o acidente ocorreu entre o dia 6 e 7 de fevereiro.

Em nota, a Sema informou que “Pela localização e por ser de pequeno porte, não apresenta riscos a população. Mas já foi designada uma equipe para vistoriar o local presencialmente e aplicar sanções cabíveis”. 

SBT Brasil havia tentado contato com os responsáveis pela construção, mas não recebeu resposta. Na sexta-feira (12), a empresa responsável se posicionou, afirmando que, a barragem não é ilegal.

A Polícia Civil do Mato Grosso esclareceu que não informou sobre ilegalidade da barragem.

Nota da Aprovale

A Aprovale informou que por intermédio de seus advogados, vem prestar esclarecimentos sobre a notícia veiculada nesta sexta-feira (10) quanto ao rompimento da barragem. Isso porque, constam na notícia informações inverídicas de que a barragem e a usina teriam sido implantadas de forma ilegal.

Entretanto, o empreendimento não possui qualquer ilegalidade, conforme constam nos documentos, que comprovam a sua regularidade. Aliás, a usina da Aprovale foi implantada no início dos anos 90, com alvará de funcionamento expedido em 1992 constando, inclusive, no plano diretor da cidade de Lucas do Rio Verde que foi atualizado no ano de 2007.

O que ocorreu, foi somente o seu rompimento devido ao excesso de chuva na região entre os dias 5 e 6 de fevereiro, sendo que já foram providenciados os devidos reparos necessários. Embora a Aprovale tenha recebido a visita da Polícia Civil nessa quinta-feira (9), a partir de uma denúncia falsa de que o empreendimento estaria irregular, todos os esclarecimentos foram prestados para autoridade policial.

NOTA OFICIAL DA POLÍCIA CIVIL – DELEGACIA DE LUCAS DO RIO VERDE

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Lucas do Rio Verde, esclarece que em relação ao rompimento da barragem de uma usina no município não houve nenhuma afirmação que tratasse o empreendimento em situação ilegal. 

O delegado que está responsável pela apuração dos fatos informa que a unidade policial de Lucas do Rio Verde tomou ciência da situação neste dia 09 de fevereiro e, imediatamente, uma equipe se deslocou até o local para averiguar a situação, constatando a veracidade dos fatos, ou seja, o rompimento da barragem.

Foi instaurado um procedimento policial e determinadas diligências imediatas, como a oitiva formal do comunicante, perícia de engenharia ambiental e outras providências cabíveis para esclarecer as circunstâncias que levaram ao rompimento da barragem da usina. 

Ao contrário do que foi veiculado na imprensa, não houve manifestação formal por parte da Polícia Civil tratando sobre ilegalidade ou irregularidade da usina de energia ou da barragem. 

Justamente para apurar o que de fato ocorreu é que foi instaurada uma investigação para angariar elementos informativos necessários ao esclarecimento do ocorrido e qualquer manifestação, antes de findar a apuração, é mera ilação. 

A Polícia Civil de Mato Grosso reitera sua atuação sempre amparada pelo trabalho investigativo sério e diligente.

 

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