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Esperança

Avião de SC desaparecido teria emitido sinal, reacendendo esperança por sobreviventes

A identificação do sinal reacendeu as esperanças da família, de que a tripulação esteja bem.

• Atualizado

Renato Becker

Por Renato Becker

Avião que desapareceu era do modelo monomotor V-10 | Foto: Wagner Eduardo/JetPhotos
Avião que desapareceu era do modelo monomotor V-10 | Foto: Wagner Eduardo/JetPhotos

As equipes de buscas pelo avião catarinense que desapareceu, no Sul da Argentina, na última quarta-feira (6), teriam localizado o sinal do sistema baliza ELT, emitido pela aeronave, na noite desta quinta-feira (7). As informações são dos familiares do advogado Mario Pinho, um dos três ocupantes. O empresário Toninho Ramos e o médico Gian Carlo Nercolini, também estavam no voo.

Uma das possibilidades, segundo o familiar, é de que a tempestade que atingiu a região tenha impedido que a frequência fosse localizada antes. Outra probabilidade levantada, é de que o equipamento baliza ELT tenha sido acionado manualmente, o que reacendeu a esperança de familiares por sobreviventes.

O baliza ELT é um equipamento de emergência capaz de transmitir sinais, que pode ser ativado automaticamente por impacto ou manualmente por sobreviventes. A identificação do sinal reacendeu as esperanças da família, de que a tripulação esteja bem.

A equipe de resgate descartou que a aeronave tenha caído na água. Segundo informações de familiares, o avião teria caído eu um local alagado, mas que não está à deriva, uma região que poder ser de lama. Familiares acreditam que pela condição do local, a aeronave poderia estar enguiçada, o que impediu que os ocupantes saíssem para buscar por socorro.

Familiares do empresário Toninho Ramos e do advogado Mario Pinho para a Argentina estão na Argentina acompanhando as buscas de perto. Os trabalhos foram suspensos nesta noite de quinta-feira (7), devido às condições climáticas, estaria nevando no local, e devem ser retomadas nesta sexta-feira (8).

Papel do Brasil nas buscas

A Força Aérea Brasileira foi questionada sobre o papel do Brasil nas buscas. Em nota, a FAB disse que as atividades de busca e salvamento serão feitas pelo Estado que ocorreu o acidente, neste caso, a Argentina, cumprindo os acordos internacionais de aviação estabelecidos pela Organização de Aviação Civil Internacional.

A FAB também informa que, um representante do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) será designado, assim que o acidente for confirmado. Esse representante do Brasil irá acompanhar os trabalhos de investigação argentinos.

Nota da Força Aérea Brasileira

De acordo com os dados obtidos com a Junta de Investigación de Accidentes de Aviación Civil (JIAAC), autoridade de aviação argentina, a aeronave decolou do Aeroporto de El Calafate (FTE) e não chegou ao seu destino, Aeroporto de Trelew (REL).

Em cumprimento aos acordos internacionais de aviação estabelecidos pela Organização de Aviação Civil Internacional, as atividades de busca e salvamento ocorrerão por conta do Estado em que se deu a ocorrência, ou seja, a Argentina.

Caso seja confirmada uma ocorrência aeronáutica envolvendo a aeronave, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) será informado e designará um representante acreditado para acompanhar os trabalhos de investigação, que também serão conduzidos pela autoridade investigadora argentina.

Atenciosamente,
Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

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Entenda o caso:

Por Giovanna Pacheco

A aeronave, que levava três catarinenses, desapareceu na Argentina, na tarde da última quarta-feira (6). O avião pertence a Antônio Carlos Castro Ramos, conhecido como Toninho Ramos, dono da construtora Accr Construções, localizada em Florianópolis. O empresário estava acompanhado de dois amigos: o advogado Mário Pinho, e o médico Gian Carlo Nercolini. Os três são pilotos de aeronave.

As buscas iniciaram ainda ontem e contaram com o auxílio da Prefeitura Naval Argentina, Guardas Costeiras, aeronaves da Força Aérea Argentina e da Defesa Civil de Chubut.

Em nota, o Ministério dos Transportes da Argentina, comunicou que o sistema baliza ELT não foi acionado. A baliza ELT é um equipamento de emergência capaz de transmitir sinais, que pode ser ativado automaticamente por impacto ou manualmente por sobreviventes. A nota ainda reforçou que as equipes seguem em busca da aeronave enquanto as condições climáticas permitirem.

Em entrevista a um jornal local, o presidente do aeroclube El Calafate, Freddy Vergnole, relatou que passou o final de semana com o grupo e chegou a passar instruções aos aviões. Ele instruiu o grupo a descer em Puerto Deseado por causa das condições climáticas e contou que “estava juntando um pouco de gelo nas asas e nenhum avião pequeno está preparado para juntar gelo, que pesa e impede o voo”.

Segundo o jornal local Clarín, o grupo havia participado do festival “Commodore Vuela”, promovido pelo AeroClub Lago Argentino e realizado nos dia 1, 2 e 3 de abril. O grupo estava aproveitando mais alguns dias de viagem em El Calafate.


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