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Tentativa de homicídio

VÍDEO: Após ofender jovem com falas racistas, vizinho atira três vezes pelas costas

Família da vítima acusa o atirador de tentativa de homicídio, racismo e injúria racial

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Um guarda municipal está sendo procurado depois atirar três vezes em um vizinho, em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo. Além da tentativa de homicídio, a família da vítima vai processar o atirador por racismo e injúria racial. Câmeras de segurança gravaram os crimes.

O acusado aparece nas imagens, no começo do mês, caminhando com o cachorro e, de repente, joga uma casca de banana no chão. No dia seguinte, ele tira mais uma casca do bolso e atira na calçada do vizinho.

Nesta quarta-feira (23), José Carlos foi mais longe. O guarda conversa com Pedro Azpilicueta Neto, de 28 anos. O rapaz pega o celular na mochila para gravar as ofensas racistas. Irritado, o guarda municipal pega uma barra de ferro e dá dois golpes na vítima.

Ele entra em casa e, segundos depois, volta com uma arma na mão. O guarda mira na vítima e dispara três vezes.

O pai de Pedro, Jefferson Azpilicueta, acordou com o barulho dos tiros e socorreu o filho: “você ter seu filho baleado quase morto na sua frente, você ter que sair carregando ele sem saber o que ia acontecer, você fica pensando, por que uma pessoa fez isso?”.

Pedro contou ao pai o que ouviu do guarda municipal. Segundo ele, o guarda começou a xingar ele e seus pais, e teria chamado sua mãe de “macaca suja”, momento em que ele ficou nervoso.

Pedro foi atingido pelas costas por dois tiros. Um deles, pegou de raspão no rosto. O outro acertou o intestino. Ele está internado em um hospital e já passou por uma cirurgia.

O rapaz, que se recupera bem, conversou com a nossa equipe por telefone: “um misto de indignado com raiva, enojado. Eu já passei várias situações de racismo, não só com ele, mas nesse ponto extremo, eu não imaginava acontecer, sabe? Alguém tentar tirar a minha vida porque eu sou preto”.

Quatro anos atrás, o pai de Pedro quase passou pela mesma situação do filho. “Ele pegou a arma e apontou pra mim, ele tem muita raiva, muito ódio dentro dele”, conta Jefferson.

Segundo a secretaria municipal de Segurança, o guarda estava licenciado, não tinha permissão para usar arma, o revólver não pertence à prefeitura. Agora, o guarda municipal, que está foragido, foi afastado.

“Esses indícios do racismo, as ofensas com injúria, os atos racistas como jogar uma casca de banana no portão ou dentro do quintal, isso não pode mais ser encarado pela sociedade brasileira como ‘mimimi’, porque a gente viu que se a gente for deixando acontecer culmina nisso que a gente está vendo aqui”, afirma o advogado da vítima, Ewerton Carvalho.

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