Após apoiar protestos pelo direito das mulheres, jogador iraniano é acusado de traição e pode ser executado
Amir Nasr-Azadani, jogador de futebol, está detido desde o último dia 27 de novembro
• Atualizado
O jogador iraniano Amir Nasr-Azadani pode ser executado pelo regime do país asiático por fazer parte de protestos contra a opressão sofrida pelas mulheres do Irã. Presente em uma manifestação que resultou na morte de três membros de um grupo paramilitar, o zagueiro de 26 anos é acusado de traição pelas forças de segurança locais e pode ser executado.
Amir Nasr-Azadani, jogador de futebol, está detido desde o último dia 27 de novembro, dois dias depois de ter participado de uma manifestação que terminou com a morte de três membros de uma milícia local – o grupo paramilitar defende ideais estabelecidos desde a Revolução Islâmica ocorrida no país. O atleta e mais oito pessoas são acusadas pelas mortes ocorridas.
O defensor ainda é acusado de ser membro de um grupo “armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irã”. Segundo a imprensa local, Amir Nasr-Azadani foi forçado a confessar as acusações recebidas – as acusações, no entanto, não foram provadas. Com a pena de morte, o regime local pode executar o atleta com um enforcamento.
A Fifpro, sindicato internacional dos jogadores de futebol, emitiu um comunicado com o objetivo de evitar a execução do zagueiro iraniano. “A FIFPRO está chocada com a informação de que o jogador de futebol profissional Amir Nasr-Azadani pode ser executado no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e liberdade básica em seu país. Somos solidários com Amir e pedimos a remoção imediata de sua punição”, se manifestou a entidade.
O caso do jogador iraniano é mais um na esteira de protestos em virtude do assassinato de Mahsa Amini, morta em setembro por não cumprir uma regra de vestimenta local. Zagueiro, Amir Nasr-Azadani possui passagens por três clubes do Irã. A participação do país asiático na Copa do Mundo do Catar foi repleta de manifestações em virtude da caótica situação social iraniana.
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