Air France e Airbus vão a julgamento 13 anos após acidente aéreo
Empresas são acusadas de "homicídio involuntário" na tragédia que matou 228 pessoas
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O julgamento envolvendo as empresas Air France e Airbus foi iniciado nesta segunda-feira (10), na França. O caso se refere ao incidente do voo 447, em junho de 2009, que desapareceu devido a uma tempestade na rota do Rio de Janeiro a Paris, deixando todos os 228 passageiros mortos.
A primeira audiência contou com representantes e familiares das vítimas, que englobavam 33 nacionalidades, sobretudo francesas, brasileiras e alemãs. Essa é a primeira vez que as empresas serão diretamente julgadas por “homicídio involuntário” – negligência que permite a morte de outra pessoa – após o acidente.
Os primeiros destroços, assim como os corpos, foram encontrados dias após a queda do avião, no oceano Atlântico. A fuselagem, por sua vez, foi localizada apenas dois anos depois, com as caixas-pretas. A partir dos objetos, foi constatado que os pilotos não souberam lidar com a perda temporária de dados dos sensores, que estavam congelados, o que resultou na queda livre da aeronave.
Enquanto a Airbus culpa o erro do piloto pelo acidente, a Air France afirma que os alarmes confusos sobrecarregaram os funcionários. O Tribunal francês, no entanto, terá até o dia 8 de dezembro para decidir qual o tamanho da responsabilidade de cada empresa na tragédia.
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