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Você sabe o que é esporotricose? Entenda como evitar a doença e os cuidados a serem tomados

Itajaí e Joinville concentram maior número de infecções; especialistas destacam importância do diagnóstico precoce e da prevenção

• Atualizado

Ricardo Souza

Por Ricardo Souza

Você sabe o que é esporotricose? Entenda como evitar a doença e os cuidados a serem tomados
| Foto: Divulgação ES1
Você sabe o que é esporotricose? Entenda como evitar a doença e os cuidados a serem tomados | Foto: Divulgação ES1

Santa Catarina tem registrado um crescimento preocupante nos casos de esporotricose, infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, que afeta principalmente os gatos, mas também pode ser transmitida aos seres humanos. Os municípios de Itajaí e Joinville, no Litoral e Norte do estado, concentram a maior parte dos casos humanos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

A doença, que se manifesta nos felinos por meio de feridas na pele, especialmente no rosto, orelhas e patas, pode ser transmitida para humanos por arranhões, mordidas ou contato direto com secreções dos animais infectados. Em pessoas, os sintomas envolvem lesões na pele — normalmente nos braços, mãos e rosto — que podem se espalhar ao longo dos vasos linfáticos, além de inchaço e formação de nódulos.

“O avanço da doença está associado ao aumento do abandono de felinos e à falta de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado”, alerta o infectologista Dr. Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde da SES. “Tutores devem procurar orientação veterinária ao perceber qualquer ferida suspeita no animal. Além disso, é fundamental evitar o contato direto com animais doentes sem a devida proteção.”

Clima e abandono contribuem para a propagação
O aumento da esporotricose tem causas multifatoriais. Regiões como Itajaí e Joinville apresentam alta densidade populacional e grande concentração de gatos, o que favorece a disseminação da doença. O clima quente e úmido dessas cidades também cria um ambiente ideal para a sobrevivência e reprodução do fungo Sporothrix brasiliensis, principal responsável pela forma zoonótica da esporotricose.

Além disso, o abandono de animais e a circulação livre de gatos nas ruas intensificam a propagação do fungo entre os felinos e, consequentemente, aumentam o risco para humanos.

Prevenção e cuidados
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) reforça que a prevenção depende da ação conjunta entre o poder público, profissionais da saúde e a população. Para conter o avanço da esporotricose, são recomendadas medidas simples, porém eficazes:

Manter os gatos em ambiente domiciliar, evitando que tenham acesso à rua;

Procurar atendimento veterinário ao identificar feridas suspeitas nos animais;

Utilizar luvas ao manusear gatos com lesões;

Jamais abandonar animais doentes;

E, no caso de lesões na pele após contato com gatos, buscar atendimento médico imediato.

Embora a esporotricose entre humanos seja tratável, o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações. O contágio entre pessoas é raro, mas o risco de transmissão por animais doentes exige atenção e responsabilidade por parte dos tutores.

Ações de educação em saúde e posse responsável são fundamentais para enfrentar esse desafio de saúde pública em Santa Catarina.

Com informações (DIVE-SC)

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