Vítimas de violência sexual começam a ter prioridade na vacinação contra HPV
Segundo a pasta, a medida visa garantir a proteção de pessoas entre nove e 45 anos que não completaram o esquema de imunização contra HPV
• Atualizado
O Ministério da Saúde informou, na segunda-feira (21), que as vítimas de violência sexual começaram a ter prioridade na vacinação o vírus Papilomavírus Humano, conhecido popularmente como HPV. Segundo a pasta, a medida visa garantir a proteção de pessoas entre nove e 45 anos que não completaram o esquema de imunização.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e está associado a 80% dos casos de câncer do colo do útero e a mais da metade dos casos de câncer na vulva, pênis, ânus e orofaringe. Apenas em São Paulo, por exemplo, 30% das vítimas atendidas nos serviços especializados desenvolveram lesões pelo vírus.
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Antes, a vacina contra o HPV era aplicada apenas em crianças e adolescentes de nove a 14 anos e em pessoas de nove a 45 anos em condições clínicas especiais, como as que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea ou imunossuprimidos. A decisão de ampliar o público-alvo se alinha à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Agora, o imunizante, que previne contra as principais complicações, será incluído ao protocolo de atendimento existente e realizada nos pontos de atenção à saúde do SUS que prestam assistência às vítimas de violência sexual. No contexto de saúde indígena, caso o serviço do primeiro atendimento não possua sala de vacina, as equipes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) deverão se organizar para ofertar o imunizante.
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