Vinagre como repelente para o mosquito da dengue? Cuidado, entenda porque é perigoso
Vinagre como repelente para o mosquito da dengue pode ser muito perigoso
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Circula nas redes sociais um vídeo que indica o uso de vinagre de álcool como repelente contra o mosquito da dengue. A informação, no entanto, é falsa e pode colocar a saúde da população em risco, conforme informações do SBT News.
No vídeo com informação falsa, um homem que se identifica como presidente do Comitê da Dengue de São Miguel do Iguaçu (PR) afirma que colocar vinagre em recipientes no chão dos cômodos da casa afasta o mosquito Aedes aegypti. No entanto, não há comprovação científica que sustente essa alegação.
Especialistas consultados pelo Comprova, projeto de verificação de informações, que o SBT News faz partem, desmentem a informação. Tânia Vergara, médica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que não há estudos que demonstrem a eficácia do vinagre como repelente. “A notícia é falsa e aumenta o risco de adquirir a dengue, por ser inadequada”, afirma.
Chrystina Barros, pesquisadora em gestão de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em entrevista ao SBT News, reforça que “a informação não tem procedência” e que “o vinagre não é usado como repelente ou para matar larvas e afastar o mosquito”.
Ademir Martins, biólogo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), alerta que a medida pode ser perigosa, em entrevista ao SBT News. “Em muitas casas há crianças e animais domésticos que não devem beber o líquido. Além disso, todo recipiente que acumule água pode se tornar um criadouro de Aedes”, frisa.
O Ministério da Saúde também não reconhece o vinagre como método de prevenção da dengue. As medidas recomendadas para o combate à doença incluem:
- Uso de repelentes com DEET, icaridina ou IR3535
- Eliminação de criadouros do mosquito, como água parada em vasos de plantas, pneus e calhas
- Uso de telas de proteção em portas e janelas
- Participação em campanhas de conscientização
É importante buscar informações confiáveis sobre a dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Infectologia e o Instituto Oswaldo Cruz são fontes confiáveis de informação sobre o tema.
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