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Veja dicas de alimentação para prevenção e controle da diabetes

A OMS relata que existem vários tipos de diabetes, porém as principais são tipo 1 e tipo 2

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Imagem ilustrativas/ Foto: Freepik
Imagem ilustrativas/ Foto: Freepik

A diabetes é uma doença crônica causada pelo acúmulo de açúcar na corrente sanguínea que afeta 346 milhões de pessoas no mundo, segundo a OMS. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também relata que existem vários tipos de diabetes, porém as principais são tipo 1 e tipo 2.

Sendo assim, as causas associadas à diabetes tipo I podem ser autoimune, genética e/ou ambiental, diz a OMS. Já as associadas ao tipo 2 podem ser obesidade, histórico familiar de diabetes, uso de tabaco e álcool, inatividade física, entre outras.

Segundo uma meta-análise com magnitude global, realizada por especialistas no assunto em dezembro de 2020, ‘com uma alimentação correta e práticas saudáveis, a pessoa pode ter a diabetes controlada.’ A profissional de saúde formada em nutrição, Greyce Fernandes Rodrigues, deu dicas e respondeu as quatro perguntas mais frequentes sobre como uma boa alimentação pode ajudar a controlar o diabetes.  

De acordo com a profissional, de uma forma generalizada, “uma alimentação equilibrada (que contém todos os grupos de alimentos, como: legumes e verduras, frutas, carne, ovos, feijões, leite e derivados, arroz, batata, macarrão, entre outros) ajuda a regular a glicemia (o açúcar no sangue), melhorando os sintomas de cansaço, fome e sede em excesso”.

1. Quem tem diabetes sente mais vontade de comer doce?

Em um estudo completo sobre o mecanismo de fome e saciedade, publicado na Enciclopédia de Gastroenterologia, autores relatam que “a glicose é uma fonte de energia para as células que compõem os músculos e outros tecidos do corpo humano”. Eles completaram dizendo que “o açúcar é absorvido na corrente sanguínea, onde entra nas células com a ajuda da insulina. O fígado armazena e produz glicose”. Os pesquisadores do mesmo estudo ainda ressaltaram que “a vontade de comer doce pode ser explicada como uma resistência à insulina Essa, interrompe a conexão entre a glicose e as células, fazendo com que a glicose não consiga cumprir o seu papel”, e finalizam explicando que “o organismo sente, então, que precisa de mais energia ou de uma fonte rápida da mesma, fazendo com que a pessoa coma mais do que precisa ou recorra ao açúcar”.

Quando questionada se a pessoa com diabetes sente mais vontade de comer doce, a especialista diz que “não”, e complementa: “nem todas as pessoas com diabetes ligam para doces. O que acontece é que doces em excesso podem causá-la, ou realmente piorar o quadro de diabetes já existente”.

A especialista clarifica que “outro grupo de alimento que em excesso também pode contribuir maleficamente são os carboidratos (arroz, milho, batata, macarrão, bolacha, bolo, mandioca, entre outros)”. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, “carboidratos e gorduras em excesso também são responsáveis pelo aumento do colesterol ruim (LDL)”.

2. Qual a porção/quantidade de açúcar e carboidrato diária recomendada a quem tem diabetes do tipo 1 e tipo 2?

“A recomendação de açúcar e carboidratos é a mesma para quem não tem diabetes”. É o que diz a nutricionista Greyce, que completa dizendo que “a diferença é que, se uma pessoa sem diabetes exagerar em algum desses alimentos ela não irá ‘passar mal”.

A nutricionistas ainda dá ‘exemplos de porções: 

  • Café da manhã (de 25g a 50g de carboidrato integral + 1 fruta);
  • Lanches (25g ou menos de carboidrato integral + 1 fruta);
  • Almoço/Jantar (1/4 do prato ou 1 a 2 colheres de servir);

*As quantidades irão variar de acordo com o corpo, idade, sexo.

3. Uma boa dieta ajuda no controle da diabetes do tipo I ou somente do tipo II?

“A dieta é absolutamente importante na prevenção e tratamento da diabetes mellitus, tanto tipo 1, como tipo 2”, revela a especialista Greyce. “Se a alimentação não for balanceada e adequada, o nível de açúcar no sangue é afetado e os níveis se tornam flutuantes”. A profissional completa afirmando que “esta flutuação leva a uma diminuição da produção de insulina, resultando numa perturbação do funcionamento normal do corpo”.

A OMS indica que “a causa exata da maioria dos tipos de diabetes é desconhecida e em todos os casos, o açúcar se acumula na corrente sanguínea. Isto ocorre porque o pâncreas não produz insulina suficiente”. Além do mais, “tanto a diabetes tipo 1 quanto a tipo 2 podem ser causadas por uma combinação de fatores genéticos e ambientais”.

“A obesidade é a mãe de todas as doenças’. Foi o que indicaram autores em texto sobre as consequências da obesidade, em maio de 2019. Os mesmos enfatizaram que “o aumento de peso para níveis anormais, a duração da obesidade e a distribuição de gordura no corpo contribuem para o desenvolvimento da diabetes mellitus tipo 2 e das doenças cardiovasculares”. Autores ainda completaram dizendo que “um peso saudável e um aumento da atividade física reduzem o risco, mas, em qualquer caso, uma dieta equilibrada de qualidade é igualmente importante”.

4. Qual a frequência recomendada a um diabético de ir ao nutricionista?

Se a pessoa acabou de descobrir que tem diabetes, o ideal é “fazer um acompanhamento nutricional para conhecer melhor a diabetes, entender o que muda,  como se alimentar de maneira equilibrada e sem deixar de comer as coisas que gosta, sem excessos”, explica a especialista. No entanto, se a pessoa já passou por essa fase, não existe uma quantidade ideal por ano para se consultar”, adiciona a profissional que também recomenda ir ao nutricionista se algumas das opções abaixo estiverem acontecendo:

  • Sentir-se mais cansado que o normal, com fome e sede aumentada. 
  • Não se sentir feliz com a alimentação e com desejo de poder comer de tudo, de novo  
  • O médico relatou que os resultados dos exames não estão bons.
  • Desejar fazer uma manutenção para checar se está indo bem na alimentação.

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