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Drogas

Vacina contra crack e cocaína: Prefeitura de São Paulo vai financiar estudo

Governo municipal firmou parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que desenvolveu o imunizante

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Em São Paulo, a Cracolândia tornou-se um tema de saúde e segurança pública | Foto: Reprodução
Em São Paulo, a Cracolândia tornou-se um tema de saúde e segurança pública | Foto: Reprodução

A Prefeitura de São Paulo firmou parceria com pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) responsáveis pelo desenvolvimento do imunizante Calixcoca, que produz anticorpos anticocaína e substâncias entorpecentes derivadas, como o crack.

A vacina já teve a fase de testes concluída e já demonstrou, em testes pré-clínicos feitos em animais, que produz anticorpos que criam uma barreira que impede as duas drogas de chegar ao cérebro, alvo biológico da cocaína. A pesquisa buscava financiamento para avançar à etapa de testes humanos. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, prometeu um investimento de R$ 4 milhões.

“Reconhecemos a necessidade de abordar de forma inovadora e eficiente esse problema, não apenas visando o tratamento da dependência, mas também utilizando o fármaco para prevenir recaídas em pacientes em processo de recuperação”, afirmou Nunes no Twitter. 

Segundo a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Fife), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o segundo maior consumidor mundial de cocaína, atrás apenas dos Estados Unidos. Ao todo, 18 milhões de pessoas sofrem de dependência química no mundo.

De acordo com o pesquisador Frederico Duarte Garcia, coordenador do projeto, a vacina possibilita que os pacientes com dependência possam se reinserir socialmente. “Esse é um problema prevalente, vulnerabilizante e sem tratamento específico. Os nossos estudos pré-clínicos comprovam a segurança e eficácia do imunizante nessa aplicação. Ela aporta uma solução que propicia aos pacientes com dependência voltar a realizar seus sonhos”, diz.

Caso os testes clínicos sejam bem-sucedidos, a vacina estará disponível no mercado em, no máximo, três anos.

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