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Surto de mão-pé-boca em cidade do Sul catarinense afasta crianças das escolas; saiba mais

As informações foram divulgada pela prefeitura

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Sociedade Brasileira de Pediatria | Reprodução
Foto: Sociedade Brasileira de Pediatria | Reprodução

O município de Urussanga, no Sul catarinense, vive o aumento de casos da Síndrome mão-pé-boca. A doença, que afeta principalmente crianças menores de cinco anos, já foi registrada em quatro das dez escolas municipais da região e alunos contaminados precisaram ser afastados. As informações foram divulgada pela prefeitura nesta sexta-feira (17).

Devido a transmissão da mão-pé-boca, na semana passada, 28 crianças não puderam ir à escola e nesta sexta (17), sete estão em cuidados devido à síndrome.

“Nenhuma turma precisou ter as aulas suspensas, mas as secretarias de educação e saúde monitoram o número de casos para garantir a desinfecção dos locais e também a segurança das crianças”, explica a secretária de educação, Janea Possamai.

A infecção de origem viral é causada por diversos enterovírus, principalmente o Coxsackie, e costuma acontecer na forma de surtos. O período mais comum de contaminação, são os meses de verão e primavera, e a transmissão se dá pelo contato fecal-oral e com secreções respiratórias, podendo demorar de três a sete dias após o contato para o início dos sintomas.

Sintomas da mão-pé-boca

Bruna da Fonseca, servidora pública e mãe de um menino de 1 ano e 6 meses, conta que os primeiros sintomas no filho foram febre e pequenas manchas na sola dos pés e em outras regiões do corpo. “Ele também apresentou falta de apetite, vômito e diarreia. Procuramos o atendimento médico, comunicamos imediatamente a Agente de Saúde e a escola, para alertar outros pais e a comunidade”, conta.

Segundo a enfermeira Marília Marcineiro, a mão-pé-boca pode ser descrita como uma doença febril autolimitada. “A febre e o mal-estar costumam ser os primeiros sintomas, sendo normalmente baixa e passando em 48 horas. Mas logo em seguida, chegam as úlceras orais que causam dor na boca e garganta, pequenas bolhas nas palmas das mãos e plantas dos pés, e as vezes, nas nádegas e região genital”, pontua. Ela ainda alerta para a falta de apetite, vômitos e diarreia. “A própria dor que as bolhas causam, pode fazer com que essa criança tenha dificuldade para engolir e salivação excessiva. É preciso garantir a hidratação da criança durante o período da infecção”, destaca Marília.

Tratamento da doença

Segundo a prefeitura do município, não existe um tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca, e as medidas de suporte orientadas, são as mesmas que para todos os pacientes com doenças virais: repouso, alimentação leve e muita hidratação oral. “Os casos de febre devem ser controlados com antitérmico prescrito pelo pediatra. Como uma virose autolimitada, a síndrome tem regressão espontânea, ou seja, se cura sozinha com o passar dos dias”, destaca a enfermeira, Marília Marcineiro.

Como controlar e evitar o contágio?

Para controle da síndrome, é recomendada a lavagem frequente e correta das mãos, especialmente após a troca de fraldas e do uso de banheiros, se faz necessária.

“Outro ponto que sempre destacamos é a limpeza de superfícies e brinquedos utilizados pela criança, de preferência e, quando possível, com água e sabão e depois desinfetado com uma solução de água sanitária. Indicamos diluir uma colher de sopa do produto em quatro copos de água. Além disso, é necessário evitar contatos como beijo, abraço e compartilhamento de itens de alimentação e higiene com pessoas infetadas”, comenta a enfermeira.

Em caso de contaminação, a orientação médica é para que a exposição das crianças doentes seja limitada, mantendo-as afastadas de escolas, creches e outras crianças sadias. 

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