SC investiga 10 casos suspeitos de hepatite de causa desconhecida em crianças e adolescentes
Cinco casos foram descartados.
• Atualizado
Santa Catarina registrou 15 casos suspeitos de hepatite aguda grave etiologia desconhecida em crianças, destes, cinco foram descartados e 10 seguem em monitoramento pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE). A informação foi confirmada pelo o órgão nesta quinta-feira (15).
Os casos começaram a ser registrados em abril de 2022. A DIVE já emitiu uma nota técnica onde orienta a todos os serviços de saúde que identifiquem pacientes com os sintomas.
A doença causa diarreia ou vômito, febre e dores musculares, e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
A infectologista da DIVE Aline Vitali Grando explica que “No início imaginava-se que esses casos de hepatite aguda em crianças poderiam ter relação com o vírus da covid. No entanto pesquisadores identificaram que na realidade houve participação dois outros vírus, um auxiliando o outro para causar os casos graves”.
A especialista explica que para outros hepatite já há vacina e é importante ficar atento ao calendário vacinal. “Outra informação muito importante é que pelo menos para duas hepatites A e a B nós temos vacinas. E essas duas vacinas fazem parte da rotina das crianças. Então é fundamental que a gente cheque a carteira vacinal das nossas crianças e os leve aos postos de saúde para atualização. Com isso as crianças estarão protegidas não só das hepatites mas também de outras doenças que podem ser muito graves”, destaca.
A maioria das crianças afetadas não recebeu a vacina contra a covid-19 e, no momento, a relação de casos com a vacinação está descartada.
Casos monitorados ou já descartados de hepatite aguda em SC
- Itajaí, criança de 7 anos
- Balneário Camboriú, adolescente de 16 anos
- São José, criança de 3 anos
- Chapecó, adolescente de 14 anos
- Balneário, adolescente de 13 anos
- Garuva, criança de 1 ano
- Jaraguá do Sul, criança de 7 anos
- Chapecó, criança de 7 anos
- Joinville, criança de 8 anos
- São José, criança de 4 anos
- Ituporanga, criança de 4 anos
- Joinville, adolescente de 16 anos
- Florianópolis, criança de 3 anos
- Florianópolis, bebê de 5 meses
- Florianópolis, criança de 11 anos
Entenda o que é a hepatite misteriosa que está acometendo as crianças
Um tipo de hepatite aguda de origem desconhecida está acometendo crianças em mais de 20 países.
Muito severa, a doença não tem relação direta com os vírus conhecidos da hepatite. A Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga a origem e as causas da doença, mas descarta relação com as vacinas contra covid-19.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas e Caribe, descreveu em um comunicado o que já se sabe sobre a hepatite:
O que é hepatite aguda
A hepatite é uma inflamação do fígado. Existem diferentes etiologias — ou seja, causas — que levam a essa inflamação, como uma infecção ou intoxicação por medicamentos ou substâncias. Os agentes infecciosos mais frequentes são os vírus responsáveis pelas hepatites A, B, C, D e E. Quando a inflamação ocorre de forma rápida e abrupta, falamos de hepatite aguda. Em alguns casos, como na hepatite B, C e D, a infecção pode se tornar crônica.
Sintomas e tratamento
A hepatite aguda apresenta diferentes sintomas: gastrointestinais, como diarreia ou vômito, febre e dores musculares, mas o mais característico é a icterícia – uma coloração amarelada da pele e dos olhos.
O tratamento busca aliviar os sintomas, bem como controlar e estabilizar o paciente se o caso for grave. Essas recomendações podem ser ajustadas quando a origem for determinada.
Como proteger as crianças
O principal é estar atento aos sintomas, como diarreia ou vômito, e principalmente se houver sinais de icterícia, que é a coloração amarelada dos olhos e da pele, deve-se buscar atendimento médico prontamente. Para prevenção, recomendamos tomar medidas básicas de higiene, como lavar as mãos, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, o que também serve para evitar a transmissão de adenovírus.
Surto x vacina da covid-19
Com base nas informações atuais, a maioria das crianças afetadas não recebeu a vacina contra a covid-19 e, no momento, a relação de casos com a vacinação está descartada.
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