Santa Catarina atingiu em 7 meses o mesmo número de mortes por dengue que 2022
Mais de 98 mil casos de dengue já foram registrados, número maior que o registrado o ano passado inteiro: 83.523
• Atualizado
Em apenas sete meses, Santa Catarina já atingiu o mesmo número de mortes por dengue (90) do que o registrado em todo o ano de 2022. Segundo dados da DIVE/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) divulgados nesta quarta-feira (2), mais de 98 mil casos já foram registrados, número maior que o registrado o ano passado inteiro: 83.523.
Ainda segundo a DIVE, há ainda outras oito mortes que estão em investigação por suspeita de dengue.
O diretor da instituição, João Augusto Brancher Fuck, explica que “com a influência do El Niño, a gente deve ter temperaturas mais elevadas mesmo no período de inverno, o que aumenta a possibilidade de reprodução do mosquito e que a gente volte a ter reprodução mais intensa já nos próximos meses e, claro, no final do ano”.
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Pensando nisso, ele afirma que as equipes já iniciaram um processo de planejamento com ações para os próximos meses para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Como parte da preparação, eles fizeram o mapeamento de risco, “ou seja, a gente vê onde houve mais casos e define áreas onde há maior risco de transmissão da doença e assim direcionar ações para essas áreas”.
Outra ação feita para planejamento foi a visita técnica do Ministério da Saúde a Santa Catarina nesta semana.
Visita do Ministério da Saúde
As reuniões e debates, que começaram na terça-feira (1) e seguem até esta quinta-feira (3), devem ter um efeito prático na vigilância da dengue em SC. “É sempre importante fortalecer e integrar as ações entre estado, município e União. A partir desta visita técnica do Ministério da Saúde, iniciamos uma série de atividades que se estende pelos próximos meses, de forma a reforçar as medidas de prevenção”, destaca o diretor.
Além do cenário epidemiológico apresentado na visita do Ministério da Saúde, os técnicos do nível federal discutiram a vigilância dos óbitos por dengue e apresentaram a proposta do mapeamento de risco. Essa proposta será discutida nos próximos meses, de forma a ser incorporada na Estratégia Operacional do Estado.
Nesta visita técnica, além dos técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), também participaram técnicos das Gerências Regional de Saúde de Florianópolis e Joinville e dos municípios de Blumenau, Brusque, Chapecó, Florianópolis e Joinville. “Neste primeiro momento participaram os municípios de grande porte, com uma transmissão importante entre os anos de 2022 e 2023. Mas essa atividade será realizada com os demais municípios, em atividades previstas para os próximos meses” reforça o diretor.
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