Santa Catarina registra 900% a mais de casos de dengue em relação a mesmo período em 2023
Normalmente, os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele
• Atualizado
Segundo o governo de Santa Catarina, o estado já registra 900% a mais de casos de dengue em comparação com o mesmo período de 2023. Em coletiva de imprensa feita nesta quinta-feira (25), o Estado anunciou que já foram identificados mais de cinco mil focos do mosquito Aedes aegypti em 186 municípios, sendo que 154 já são considerados infestados. Um óbito pela doença também já foi confirmado.
Até então, já há 4.043 casos prováveis de dengue. Normalmente, os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.
E ainda, os casos precisam ser monitorados em relação à presença de sinais de alarme, que são: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade. Segundo o médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde de SC, Fábio Gaudenzi, a hidratação é uma das chaves para o tratamento da dengue e evitar a evolução da doença.
“O principal tratamento da dengue é a hidratação adequada. Por isso, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é receber hidratação, seja via oral ou injetável, a depender dos critérios de classificação do caso. Isso é essencial para evitar a evolução para gravidade dos casos. Para ter uma ideia, uma pessoa suspeita de dengue, de 60 quilos, deve ingerir mais de 3 litros de líquidos por dia de tratamento em sua residência”, explica o médico.
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Enfrentamento das doenças transmitidas pelo mosquito
O Governo do Estado ainda anunciou a integração das pastas, com o objetivo de auxiliar no enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no estado ao longo de 2024. O Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) passa a se reunir semanalmente a partir da próxima semana.
O governador do Estado, Jorginho Mello, afirma que as ações de combate são uma antecipação para que a situação não se agrave:
“Estamos nos antecipando. Em 2023, trabalhamos muito no combate à dengue e começamos no mês de março, quando os casos começaram a aumentar. Mas, percebemos que neste ano vai ser preciso começar agora em janeiro. O calor e as chuvas contribuem para o aumento dos casos e precisamos unir esforços. Além dos repasses que estão previstos, toda a estrutura de governo vai se envolver nessa prevenção”.
Com a integração das pastas e das entidades, a expectativa é desencadear medidas, de forma intersetorial e reforçar as ações já realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde para enfrentamento da dengue.
Para a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, Santa Catarina não está isolada no combate à doença.
“O país inteiro vive o aumento de casos da dengue. Mas o poder público não vai dar conta sozinho. Todos precisam fazer a sua tarefa, de eliminar os criadouros do mosquito. Vistoriar sua casa, seu ambiente de trabalho. Cobrar dos vizinhos. E fazer isso uma vez por semana”, alerta.
Vacina da dengue em SC
Ainda durante a coletiva, a secretária de Saúde destacou o papel da vacina contra a dengue. “Nesse primeiro momento, 13 municípios vão receber doses para crianças de 10 a 14 anos e isso vai acrescentar ao que já estamos planejando de ações para o Estado para prevenir a doença. Mas não é a solução. Ainda assim precisamos desse esforço de todos para não deixar o mosquito nascer”, explica Carmen Zanotto.
A SES ainda aguarda as informações oficiais do Ministério da Saúde sobre a chegada das doses para, então, divulgar como vai acontecer a aplicação da vacina no Estado.
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