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Saiba o que ocorre com os órgãos retirados de pacientes transplantados

Tema vem sendo debatido nos últimos meses, principalmente após o apresentador Faustão passar por um transplante de coração

• Atualizado

Mariana Pedrozo

Por Mariana Pedrozo

Foto: Freepik/Banco de Imagens
Foto: Freepik/Banco de Imagens

No próximo dia 27 de setembro é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. E esse é um tema que vem sendo muito debatido nos últimos meses, após a notícia de que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, de 73 anos, precisaria passar por um transplante de coração. 

Procedimento esse que o apresentador foi submetido no dia 27 de agosto, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após duas semanas na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). Faustão teve alta hospitalar no domingo (10). Diante disso, muitas dúvidas surgiram em relação ao tema, como por exemplo, o que acontece com os órgãos não saudáveis que são retirados dos pacientes transplantados? 

Para responder essa pergunta, o Portal SCC10 conversou com Joel de Andrade, Coordenador Estadual de Transplantes de Santa Catarina. Segundo ele, depois de ser retirado do paciente, o órgão é preservado e encaminhado para exame:

“O normal é que o fígado, o coração, o pulmão do receptor, após serem retirados, sejam preservados e depois levados à análise de anatomia patológica, que confirma a doença do paciente”, explica. 

Ainda conforme Andrade, a análise é feita em duas etapas: análise macroscópica e análise microscópica. Confira o que cada uma representa.

Análise Macroscópica dos órgãos

Nesta primeira etapa, o órgão retirado é analisado por inteiro através de sua morfologia, das eventuais lesões que tenha, do desenho externo do órgão. Além disso, são feitos cortes para que possam revelar a sua estrutura interna.

Análise Microscópica

Neste caso, o órgão é aberto e pequenos fragmentos, de cerca de um centímetro, são removidos para que seja feita a análise do tecido no microscópio. Desta maneira é possível confirmar a lesão que levou o paciente à necessidade de um transplante, além de verificar sua extensão. 

Após esse processo, o órgão e seus fragmentos são armazenados em determinados recipientes (com formol) até o tempo necessário para terminar o laudo específico do que teria afetado o órgão retirado do paciente. 

“Normalmente quando são lesões suspeitas do doador nós temos poucas horas para fechar o diagnóstico, porque aquilo vai determinar se os órgãos vão ser utilizados ou não. No restante, nos órgãos que são retirados em cirurgias de transplantes, existe o prazo de alguns dias e até poucas semanas para que todo esse estudo anátomo patológico fique pronto”, informa Joel. 

Outro destaque é que depois de cada uma dessas etapas, as amostras são armazenadas em arquivos.

Já as partes descartáveis contam com o mesmo destino dos resíduos de hospitais, levados para incineração. A incineração é feita a partir de temperaturas elevadas, para que não gerem resíduos. Porém, caso ocorra, são descartados em aterros específicos de lixos hospitalares não infectantes. “O restante acaba sendo encaminhado para descarte, porque senão os laboratórios de patologia estariam todos cheios”, finaliza. 

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