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doença neurológica

Saiba o que é e como tratar a Esclerose Múltipla, doença cada vez mais comum entre mulheres e jovens

Os sintomas mais comuns estão associados a anormalidades na visão, dormência, fraqueza, rigidez muscular e disfunção urinária

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica caracterizada por um processo inflamatório no qual o sistema imunológico passa a não reconhecer estruturas do sistema nervoso como próprias, agredindo-as. O principal alvo desse ataque imunológico é uma célula responsável pela produção de uma “capa protetora” dos prolongamentos dos nossos neurônios, semelhantes a “fios elétricos”, comprometendo suas funções. As áreas mais afetadas são o cérebro e a medula espinhal. Por essa razão, os sintomas mais comuns estão associados a anormalidades na visão e movimento dos olhos, dormência, fraqueza, rigidez muscular, disfunção urinária e sintomas cognitivos leves.

“Não há um agente causador reconhecido, sendo classificado como uma doença sem causa específica, mas existem fatores que aumentam o risco de desenvolvimento e gravidade da doença. Ter sofrido infecções virais graves, concentrações insuficientes de vitamina D devido a baixa exposição solar e ser tabagista estão entre os principais fatores. Trata-se de uma condição mais comum em mulheres, com idade de início variando de 15 a 60 anos, tipicamente entre 20 e 40 anos, e costuma evoluir com surtos e remissões, ou seja, momentos de “crise” e outros sem ou com poucos sintomas. Em um grupo menor de pessoas, a condição pode começar já com muitas sequelas ou progredir para esse estágio progressivo ao longo dos anos, principalmente se o paciente não for corretamente diagnosticado, acompanhado e medicado”, comenta o Dr. Silvio Pessanha Neto.

No Brasil

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Internacional de Esclerose Múltipla, no Brasil, aproximadamente 40 mil pacientes têm o diagnóstico de esclerose múltipla.

Para um diagnóstico adequado, ao surgirem quaisquer dos sintomas descritos anteriormente, o paciente deve procurar um neurologista para realizar um exame físico neurológico minucioso, a fim de descartar outras causas e solicitar exames complementares, se necessário. O diagnóstico definitivo é baseado nos resultados de exames de ressonância magnética do crânio e da coluna, além do exame do líquor, que é o líquido que protege a medula espinhal e é coletado na região lombar.

Como tratar a Esclerose Múltipla?

Vale destacar que a maior incidência da Esclerose Múltipla em certas famílias e a presença de genes a ela relacionados sugerem uma condição cuja predisposição ou suscetibilidade genética está presente. Como se trata de uma condição que não tem cura ou uma forma clara de prevenção, é muito importante observar e estabelecer alguns cuidados para garantir que os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida por mais tempo.

A ciência demonstrou que os pilares mais importantes nesse sentido são uma alimentação saudável e a realização de atividade física regular, além do diagnóstico precoce e do acompanhamento neurológico contínuo e qualificado, buscando retardar as eventuais sequelas causadas pela doença.

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