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Cirurgia inédita no Brasil para tratamento de depressão é realizada em Santa Catarina

A cirurgia do implante já está consolidada nos EUA e na Inglaterra.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Aconteceu no Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis, cirurgia inédita no Brasil: pela primeira vez, dois pacientes receberam implantes de um aparelho de estimulação do nervo vago para tratar depressão resistente. O médico responsável pelo procedimento é o presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Dr. Wuilker Knoner Campos, que também é coordenador do serviço de Neurocirurgia do Hospital. Os pacientes foram selecionados por meio de especialista em Psiquiatria, depois de terem passado por outros tratamentos já estabelecidos para depressão resistente, sem resultados suficientemente satisfatórios.

A cirurgia do implante já está consolidada nos EUA e na Inglaterra. Testes clínicos feitos em cinco anos nos Estados Unidos indicaram melhora significativa da depressão refratária em aproximadamente 70% dos casos, além da recuperação completa de 40% dos pacientes. Em todo o mundo, hoje, até 30% das pessoas com depressão têm o quadro resistente. Diferentes estudos científicos mostram que entre 10 a 30% dos pacientes não respondem a quaisquer dos tratamentos disponíveis. Por essa razão, o Brasil passa a ser o terceiro país a adotar o procedimento, com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para tratamento da depressão crônica ou recorrente, em pacientes que estejam em um importante episódio depressivo resistente ou intolerante a outras alternativas.

De acordo com o neurocirurgião Wuilker, após as primeiras cirurgias é esperado que o procedimento se torne mais popular dentro da rede de saúde. “Os riscos da cirurgia são considerados muito baixos — são relacionados à cirurgia em si e não ao aparelho implantado. Os efeitos colaterais são leves e incluem rouquidão, tosse e soluço, porque o nervo vago está ligado ao diafragma, mas podem ser revertidos”.

Brasil é país com maior prevalência da depressão

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que até 2030 a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doença cardíaca. Na América Latina, segundo a OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência em todas as Américas.

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