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14 por 9

Pressão alta: principal mito gira em torno dos sintomas, explica médico

Doença é considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Baia Sul | Divulgação
Foto: Baia Sul | Divulgação

Você já deve ter ouvido falar em “quatorze por nove”, que é sinal de alerta e está diretamente relacionada à hipertensão arterial, doença crônica caracterizada por níveis de pressão arterial persistentemente elevados. Quando os números passam do 14 por 9, a pressão é considerada alta. Segundo o médico especialista em cardiologia do Hospital Baía Sul, Dr. João Pedro de Oliveira Vianna, o principal mito em relação à doença gira em torno dos sintomas. 

Segundo o médico, frequentemente as pessoas associam a hipertensão apenas a dor de cabeça, mas há outros sintomas a serem considerados. Quadros de dor de cabeça, por exemplo, também podem ser responsáveis por fazer a pressão subir, e, às vezes, a pessoa sequer é hipertensa. “A hipertensão pode causar sintomas como tontura, dor de cabeça, palpitações e pontos brilhantes na visão em fases avançadas da doença, ou quando ocorre um aumento abrupto e exagerado da pressão arterial. É normalmente uma doença silenciosa, e que a maioria dos brasileiros desconhece ser portador. Por isso, é muito importante o acompanhamento médico regular”, explica o especialista.

A doença é considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, incluindo infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e doença renal crônica. A prevalência da hipertensão arterial aumenta com a idade, e até os 50 anos, é mais comum em homens. Mas também pode afetar crianças. Em relação ao uso de remédios, deve ser receitado de forma individualizada em consulta, conforme os níveis pressóricos e preferências do paciente.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019 a hipertensão arterial foi responsável por 110,5 óbitos a cada 100 mil habitantes no Brasil. Dados do Ministério da Saúde também apontaram que no ano passado cerca de 6,1 milhões de atendimentos a mais foram realizados para casos de hipertensão do que em 2020.

Quais são as causas?

A doença é causada pelo somatório de vários fatores, alguns deles modificáveis, como o hábito de fumar, excesso do consumo de sal, obesidade e sedentarismo. Outros são individuais, como idade, sexo e etnia. “Há componentes genéticos que também estão envolvidos com o surgimento da doença. É frequente a presença de histórico familiar de hipertensão em pacientes com o diagnóstico da doença”, afirma o Dr. João.

Como prevenir?

“O controle adequado da pressão arterial traz benefícios incontestáveis na redução de risco cardiovascular. O tratamento consiste em mudanças do estilo de vida, incluindo perda de peso, restrição de sal, moderação no consumo de álcool, interrupção do tabagismo e prática regular de atividade física”, afirma o especialista. 

O médico também explica que o paciente hipertenso deve ser acompanhado, no mínimo, anualmente em consultório. Dependendo do caso, esse período deve ser abreviado, e o médico pode orientar a periodicidade durante a consulta de acordo com cada caso.

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