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Descoberta

Pesquisadores revelam mecanismo dos mosquitos para detectar odor humano

O estudo revela que esses insetos possuem um sistema avançado de "receptor de odor"

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto: Pedro Ribas/ANPr
Foto: Pedro Ribas/ANPr

Pesquisadores da Universidade de Rockefeller, em Nova York, e do Departamento de Biologia da Universidade de Boston divulgaram uma descoberta significativa sobre os mosquitos, publicada na revista científica Cell. O estudo revela que esses insetos possuem um sistema avançado de “receptor de odor” que os capacita a se aproximar dos seres humanos de maneira eficiente.

O corpo humano emite uma combinação única de odor corporal, calor e dióxido de carbono, elementos que os mosquitos utilizam para localizar suas presas. Esse mecanismo é essencial para a sobrevivência do mosquito, funcionando como um guia preciso até sua fonte de alimento.

Diferentemente de outros animais, os mosquitos possuem neurônios específicos que detectam odores de maneira refinada, utilizando caminhos neurais complexos. Mesmo após a remoção de proteínas humanas sensíveis ao odor do genoma do mosquito, os insetos continuaram capazes de localizar e picar humanos, revelando um sistema de “backup” surpreendente.

Os receptores de odor nas antenas dos mosquitos foram examinados detalhadamente, mostrando que diferentes receptores podem responder a diferentes odores no mesmo neurônio. Essa descoberta desafia a ideia anterior de que cada neurônio está associado a apenas um tipo de receptor.

O Aedes aegypti, conhecido por ser um “especialista” em picar humanos, evoluiu devido à proximidade constante dos seres humanos com água doce, local onde o mosquito deposita seus ovos. Os fluidos corporais humanos são uma fonte alimentar ideal para esses insetos, explicando a forte atração por humanos.

Os pesquisadores enfatizam que entender como o cérebro do mosquito processa o odor humano pode levar ao desenvolvimento de estratégias mais eficazes para o controle de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, febre amarela e malária. Isso inclui o desenvolvimento de armadilhas mais eficazes e repelentes que atacam os receptores e neurônios responsáveis pela detecção do odor humano.

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