Parto prematuro: pediatra explica cuidados que bebês prematuros necessitam
Campanha do Novembro Roxo alerta sobre prevenção à prematuridade
• Atualizado
A UTI Neonatal é um ambiente destinado ao cuidado de bebês prematuros ou que, apesar de terem nascido a partir de 37 semanas, necessitem ficar em observação após o nascimento. Neste novembro roxo, campanha de prevenção à prematuridade, a pediatra neonatologista da Clínica e Maternidade Santa Helena, Carolina Helena Puhl, explica sobre o parto prematuro.
Segundo a médica, nem todo bebê prematuro necessitará de cuidados em UTI Neonatal. “Quando próximos a completar as 37 semanas de idade gestacional, há a possibilidade de permanecerem em alojamento conjunto com os pais, dependendo das condições clínicas”, explica.
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Quando necessário, o tempo de internação dependerá muito das condições de nascimento do bebê, a idade gestacional do nascimento e o peso. “Alguns passam poucos dias, outros alguns meses. Alguns precisam de ajuda para respirar, enquanto outros já conseguem respirar sozinhos. Alguns já podem mamar, enquanto outros precisarão receber leite por sonda. Cada caso tem a sua individualidade” afirma Carolina.
Os bebês são considerados prematuros quando nascem antes de 37 semanas completas de gestação. São inúmeras as causas de um possível parto prematuro, e algumas vezes, não é possível chegar a um motivo concreto. Mas entre as principais, estão a hipertensão materna; história de nascimento prematuro em gestação anterior; algumas malformações fetais; patologias uterinas; problemas no colo do útero; infecções maternas (como infecção urinária); gestação de múltiplos; posicionamento da placenta; pré-natal inadequado; entre outros.
Apesar de ser um dos fatores de risco, a gravidez de gêmeos não é sinônimo de prematuridade. “É verdade que a gestação de múltiplos está entre os fatores de risco para o parto prematuro, mas não significa que necessariamente o nascimento ocorrerá antes. Vários partos de gestação gemelar chegam ao termo, ou seja, nascem a partir de 37 semanas de gestação”, esclarece a pediatra.
“Precisamos falar e conscientizar a população sobre campanhas como o Novembro Roxo, de prevenção à prematuridade, porque o nascimento prematuro está associado a maior risco de morbidades, que são problemas que aparecem com o tempo. Muitos prematuros não apresentarão qualquer problema em decorrência da prematuridade. Mas quanto mais prematuro o bebê, maior o risco de problemas, como o atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, problemas pulmonares, problemas de visão, entre outros”, afirma.
Por fim, a médica reforça que a melhor forma de prevenção de um parto prematuro é um pré-natal de qualidade, com ao menos seis consultas, ou mais, e que se tenha acesso aos exames de imagem e de laboratório necessários.
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