Ozempic pode estar 200 vezes mais caro do que deveria, diz estudo

Farmacêuticas responsáveis por medicamentos para diabetes e obesidade, como, por exemplo, o Ozempic, adotam preços até 200 vezes maiores do que deveriam para obter mais lucro. A informação está em um levantamento feito pela Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).

O medicamento custa cerca de US$ 1000 (R$ 5.015,40) nos Estados Unidos e no Brasil pode ser comprado a partir de R$ 1.017,04, segundo consulta feita pelo SBT News. No entanto, tem o custo de produção de apenas US$ 4,73 (R$ 23,74), já considerando a margem de lucros para a fabricante, de acordo com o levantamento.

Para se ter uma ideia, em novembro de 2023, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, responsável pela produção do medicamento, reportou um lucro líquido de US$ 22,48 bilhões (R$ 112.741 bilhões).

O estudo concluiu que a produção de biossimilares (que tenham eficácia terapêutica equivalente ao medicamento de referência) poderia reduzir o valor de compra dos remédios para a população em geral.

Para fazer o levantamento, foram utilizados dados sobre custos de ingredientes, embalagens, logística para calcular o preço potencial pelo qual as empresas poderiam obter lucro e o valor dos impostos.

Aumento do interesse pelo Ozempic

O interesse busca por Ozempic cresceu no Google após polêmica da “Cabeça de Ozempic”, de acordo com o Google Trends. A polêmica surgiu após das duas cantoras, Maiara, da dupla Maiara e Maraísa e Mari Fernandes aparecerem magras nas redes, o que gerou rumores entre o público, que desconfiou da perda de peso repentina.

A semaglutida, princípio ativo do Ozempic, age no cérebro, aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a fome, fazendo com que a pessoa emagreça.

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