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SURTO DE FUNGO

O que se sabe sobre “superfungo” identificado em hospital público de SP?

Os casos são de indivíduos colonizados, isto é, quando há a presença do fungo no corpo, porém não ativado

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: reprodução |  Unsplash
Foto: reprodução | Unsplash

Um surto de “superfungo” (Candida auris) está preocupando profissionais de saúde e especialistas. Cerca de 14 pacientes do Hospital do Servidor Público Estadual, localizado na zona sul de São Paulo, já testaram positivo para o patógeno desde o começo do ano e um idoso de 73 anos morreu devido à infecção. As informações são do SBT News.

Os casos são de indivíduos colonizados, isto é, quando há a presença do fungo no corpo, porém não ativado. De acordo com informações do SBT News, é possível descobrir se a pessoa é colonizado por um fungo por exames microbiológicos, como raspar a pele ou coletar amostras de urina.

O que é o superfungo?

O Candida auris é um fungo emergente, que costuma colonizar instrumentos, equipamentos e pacientes hospitalizados.

Ele afeta principalmente o sistema imunológico de pessoas que estão sob algum tipo de tratamento, provocando infecções de corrente sanguínea, ferida cirúrgica e urinária. O fungo sobrevive em ambientes hospitalares e sua transmissão pode ocorrer após o contato com superfícies, equipamentos e entre pessoas contaminadas.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, o fungo se aproveita de estados de saúde mais debilitados para se desenvolver. Como ele possui uma alta resistência a medicamentos, há poucas alternativas para tratar as infecções.

Como evitar contágio?

Para evitar a propagação do superfungo, especialistas sugerem que o local de internação do paciente seja devidamente higienizado com produtos específicos.

Em nota, o Hospital do Servidor Público informou que, após a detecção dos casos, implementou todas as medidas de segurança e controle, como a manutenção de pacientes em quartos individuais, higienização intensificada e treinamentos para as equipes.

Além disso, a unidade segue realizando coletas mensais por seis meses para análise do cenário.

Entenda os riscos

O superfungo pode causar infecções de corrente sanguínea, ferida cirúrgica e urinária. Para pacientes do grupo risco, como aqueles internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou passaram por procedimentos cirúrgicos, o C. auris representa uma ameaça maior.

Os sintomas mais comuns incluem febre, fadiga e dores musculares. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o microrganismo é resistente aos principais medicamentos antifúngicos utilizados para tratar infecções por Candida.

Primeiros casos no Brasil

Os primeiros casos de infecção por superfungo no Brasil ocorreram em 2020, durante a pandemia de covid-19, em um hospital de Salvador, na Bahia, devido à superlotação e à redução do controle de infecções.

Após a identificação do primeiro paciente, as autoridades competentes foram notificadas, e a Anvisa iniciou o acompanhamento das infecções.

Em São Paulo, o primeiro caso foi confirmado na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, em junho de 2023.

*Com informações do SBT News

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