Mulher descobre infecção rara relacionada ao uso de absorvente interno

Ashley DeSkeere, de 43 anos e moradora dos Estados Unidos, quase morreu ao contrair uma infecção rara após usar um absorvente interno por 8 horas. Em uma manhã, ela acordou com calafrios intensos e náuseas. Inicialmente, Ashley pensou que seus sintomas eram causados por uma virose que pegou em um casamento dias antes.

No entanto, sua condição piorou rapidamente, levando-a a ter dificuldade para respirar. Quando foi ao médico, os profissionais suspeitaram de síndrome do choque tóxico (SCT), uma infecção grave.

Ela explicou que usava apenas absorventes internos e que o tempo máximo de uso durante o casamento foi de oito horas. “Normalmente, troco a cada quatro horas, inclusive à noite. Achei que oito horas não fossem um risco”, afirmou Ashley.

A SCT é causada por toxinas de bactérias como o Staphylococcus aureus e pode ser desencadeada pelo uso prolongado de absorventes internos, que criam um ambiente propício para o crescimento bacteriano e causam pequenas lesões que facilitam a infecção na corrente sanguínea.

Cerca de metade dos casos de síndrome do choque tóxico não está ligada ao uso de absorventes internos, mas sim a feridas na pele ou infecções. Em algumas situações, nadar com uma ferida aberta em água contaminada também pode causar a condição, que tem uma taxa de mortalidade de 30% a 70% entre os pacientes, de acordo com a Cleveland Clinic.

Ashley ficou cinco dias na UTI, recebendo seis tipos de antibióticos. Os médicos alertaram que ela teve sorte em chegar a tempo, pois muitas pessoas não sobrevivem aos primeiros dias de SCT. Apesar de usar absorventes internos há 25 anos, ela decidiu mudar para outros produtos para evitar esse risco.

“Os médicos me disseram que tive sorte em chegar ao hospital a tempo. Muitas pessoas não sobrevivem após os primeiros dois dias de SCT”, relembra. “É o tipo de coisa que achamos que nunca vai acontecer conosco e que quase não se ouve falar hoje em dia”, alertou Ashley.

Ela também aconselha: “Para quem ainda prefere usar absorventes internos, meu conselho é trocá-los sempre que possível, a cada vez que for ao banheiro. E nunca use um com absorção maior que a necessária”.

*Com informações de Metrópoles

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