Ministro da Saúde faz apelo pela vacinação contra a poliomielite
A situação tem gerado o temor de um retorno de casos da doença ao País em meio ao enfraquecimento da adesão à vacina
• Atualizado
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em rede nacional no domingo (06), para incentivar a vacinação contra a poliomielite. Ele admitiu que se trata de “assunto que preocupa a todos nós” e que a cobertura vacinal está com uma adesão abaixo da meta deste ano, inferior a 70% do público-alvo, formado por crianças de até 5 anos. A situação tem gerado o temor de um retorno de casos da doença ao País em meio ao enfraquecimento da adesão à vacina.
Em outubro, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, declarou que o Brasil, a República Dominicana, o Haiti e o Peru correm “risco muito alto” de transmissão da pólio, além dos Estados Unidos, que registrou ao menos um caso neste ano.
Queiroga admitiu que o Brasil corre o risco de “perder essa importante conquista”, que é a irradicação da doença. Ele ainda destacou que a pasta lançou na última semana um Plano Nacional de Combate à Poliomielite, porém não explicou porque a ação foi lançada apenas em novembro. “A meta é imunizar 95% das crianças abaixo de 5 anos”, destacou.
“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis: vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais já existe vacina há tanto tempo”, disse. Embora a campanha nacional tenha sido encerrada, a vacina continua disponível nos postos de vacinação.
O vírus pode atacar o sistema nervoso e causar paralisia irreversível, tanto que o nome popular é de paralisia infantil, em membros como as pernas, e também dos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. A poliomielite não tem cura, só prevenção, que é feita com a vacina.
A poliomielite, altamente contagiosa, atinge principalmente crianças com menos de 5 anos e que vivem em alta vulnerabilidade social, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado.
Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, prefeituras de vários Estados do Brasil têm adotado estratégias variadas para ampliar a cobertura vacinal, de busca de não vacinados pelo aplicativo WhatsApp, distribuição de ingressos para circo a até sorteios de bicicletas.
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