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ENTENDA O CASO

Medicamento causou amputação da perna de criança de SC?

O medicamento foi aplicado em um posto de saúde de Três Barras, e a amputação da perna feita em Joinville, onde a menina está internada

• Atualizado

Redação

Por Redação

Criança teve perna amputada. – Foto: Reprodução
Criança teve perna amputada. – Foto: Reprodução

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está apurando se a aplicação de um medicamento injetável causou a amputação da perna de uma criança de Três Barras, em Santa Catarina. A notícia tomou a internet nesta terça-feira (10).

A situação foi relatada à 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas, após a suposta administração incorreta de Benzilpenicilina na criança, de 4 anos — o que teria causado insuficiência renal e, posteriormente, a amputação de uma das pernas.

O medicamento foi aplicado em um posto de saúde de Três Barras, e a amputação feita em Joinville, onde a menina está atualmente internada.

“O Ministério Público de Santa Catarina instaurou uma Notícia de Fato para apurar uma possível negligência médica no atendimento de uma menina no Pronto Atendimento de Três Barras”, anunciou o MPSC em nota.

“O caso, que resultou na amputação de uma das pernas da criança, está sendo investigado pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas”, acrescentou o Ministério Público.

A Promotora de Justiça, Ana Maria Horn Vieira Carvalho, determinou a expedição de ofício à Secretaria de Saúde de Três Barras para obter informações detalhadas sobre o atendimento médico prestado à criança.

Segundo a Promotora, o Ministério Público busca esclarecer os motivos que levaram à amputação, incluindo a verificação da dosagem e aplicação da medicação.

A investigação visa garantir a responsabilização adequada e a prevenção de futuros incidentes semelhantes. A Secretaria tem o prazo de cinco dias para responder.

Hospital se pronuncia

O Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria informou que a paciente está hospitalizada na unidade desde 31 de agosto de 2024. Confira a nota abaixo.

“O estado de saúde da paciente é estável, sem previsão de alta e está recebendo todos os cuidados necessários de acordo com os protocolos médicos recomendados.

A equipe multidisciplinar do Hospital está acompanhando o caso de perto e prestando todo o suporte necessário para sua recuperação.

Informamos ainda que, por questões de ética médica e respeito à privacidade da paciente e de seus familiares, novas informações sobre o caso só serão fornecidas mediante a autorização dos pais”.

Entenda o caso

De acordo com o portal Cultura Sul, em 30 de agosto, a menina Melissa acordou com dor de garganta. A mãe, Veridiane Aparecida Alves de Lima, também funcionária do posto de saúde de São João dos Cavalheiros, em Três Barras, levou a filha ao local para atendimento.

A médica receitou uma dose de Benzilpenicilina, um medicamento injetável conhecido por seu potencial doloroso.

Pouco após a aplicação da injeção, a menina começou a apresentar manchas roxas nas pernas. Veridiane, retornou ao posto, mas foi informada de que se tratava de uma simples alergia.

Mais tarde, o marido, ao ver a piora da condição, levou a menina ao Pronto Atendimento de Três Barras. Lá, a reação foi considerada uma “simples alergia” e foi prescrito um medicamento antialérgico.

Já no dia 31 de agosto, com a piora do estado de Melissa, a família retornou ao Pronto Atendimento, onde outra médica, alarmada com a gravidade da situação, encaminhou Melissa para o Hospital Materno Infantil Jesse Amarante, em Joinville.

Durante o trajeto, a menina sofreu duas paradas cardíacas. No hospital, uma tomografia revelou que a circulação na perna estava comprometida e que o coração e fígado da criança estavam em risco.

Melissa passou por uma série de cinco cirurgias, mas no dia 1º de setembro, a única alternativa foi a amputação da perna, que foi realizada até a virilha.

Agora, os médicos lutam para que a perna direita não seja igualmente afetada e monitoram sua condição com sessões contínuas de hemodiálise. Melissa, que não tinha histórico de doenças graves, permanecerá internada por pelo menos dois meses.

Os pais alugaram um apartamento em Joinville para acompanhar de perto o tratamento. A família criou duas campanhas virtuais para arrecadar fundos e cobrir os custos dessa estadia.

As doações, conforme o site de notícias, podem ser feitas via Pix para os seguintes dados: melissaluara11@gmail.com e 096.892.999-05 (em nome de Veridiane Aparecida Alves de Lima).

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