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Erro Médico

Justiça condena Hospital de Chapecó por erro médico que causou paralisia cerebral em bebê

Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, as partes ainda podem recorrer da decisão

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)
Imagem Ilustrativa. Foto: Pixabay (banco de imagens)

O Hospital Público de Chapecó foi condenado ao pagamento de R$ 100 mil por danos morais em favor de um bebê que, devido à demora na realização do parto, sofreu paralisia cerebral acompanhada de síndrome epiléptica. O menino ainda deve receber pensão vitalícia equivalente a um salário mínimo, a partir dos 14 anos de idade, já que o incidente resultou em incapacidade da vítima e impossibilidade de exercer atividade profissional. A decisão é da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Chapecó.

Tanto a indenização quanto a pensão devem ser corrigidas monetariamente. A família da criança ainda será reembolsada por tratamentos médicos que venham a ser custeados futuramente, já que até o momento todo o atendimento foi realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a denúncia apresentada, a mãe do bebê foi à unidade de saúde na manhã e na tarde de 27 de outubro de 2009, já em trabalho de parto. No entanto, a médica plantonista liberou a paciente. À noite, a mulher retornou, dessa vez encaminhada pelos bombeiros, e foi internada. Após duas horas da administração de medicamento para induzir as contrações, os batimentos cardíacos do então feto variavam entre 40 e 60. Desta forma, foi realizada cesárea de emergência.

O laudo pericial apontou que “o procedimento realizado foi adequado, mas a monitorização ante parto que poderia ter feito o diagnóstico de sofrimento fetal agudo não foi realizada”. E ainda, que “a falta de avaliação do bem-estar fetal pode ter contribuído, pois o sofrimento fetal agudo poderia ter sido diagnosticado precocemente”.

Em sua decisão, o juiz de Direito Rogério Carlos Demarchi, considerou que os danos apresentados pela criança foram causados por problemas oriundos do período expulsivo prolongado.

“O quadro de paralisia e síndrome epiléptica apresentada pelo autor é decorrente de anoxia neonatal de parto sem monitoração adequada do bebê. Desse modo, comprovada a negligência e a imperícia no procedimento adotado, devem os réus responder pelos danos causados ao demandante”, destacou o juiz.

Segundo do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, as partes ainda podem recorrer da decisão. Sendo assim, o Hospital Regional do Oeste de Chapecó (HRO) e o Estado de Santa Catarina vão recorrer da decisão, informa o Departamento Jurídico do HRO.

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