Jovem de SC sente dores, procura médico e descobre que estava tendo bebê
A catarinense de 21 de anos descobriu após sentir fortes dores estar grávida e que o bebê já estava nascendo
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Caroline Kich de Lima, de 21 anos, moradora de Palhoça, descobriu estar grávida, após sentir fortes dores e procurar atendimento médico na Grande Florianópolis. O bebê, batizado de Joaquim, nasceu na segunda-feira, 16 de maio, com 49 centímetros e mais de 3,4 kg.
“Não senti diferença no meu corpo, minhas roupas sempre foram as mesmas, até mesmo minhas roupas de trabalho, em nenhum momento senti nada mexer ali dentro, e a barriga não estava grande, como sou gordinha não notei nada, trabalhei até o dia do meu parto”, explica. Caroline trabalha com abate de aves e diz que carrega caixas pesadas no trabalho. “Todo momento minha gestação estava em risco, por isso, tenho a certeza que a todo momento Deus estava comigo”, afirma.
Na madrugada de segunda-feira, 16 de maio, Caroline conta que não conseguia dormir porque estava com dores na região da bexiga, mas acabou conseguindo ir trabalhar pela manhã. As dores aumentaram por volta das 9 horas da manhã, e a jovem decidiu ir até uma Unidade de Pronto Atendimento, onde recebeu atendimento para infecção urinária.
“Comprei os medicamentos, fiz o uso, após 40 minutos da ingestão acabei vomitando, fiz o uso pela segunda vez, e vomitei novamente, quando foi perto das 18h, a dor ficou mais intensa. Percebi um sangramento, foi quando pedi para meu marido me levar no hospital”, explica. A auxiliar de produção conta que aguardou atendimento por duas horas, mas como estava demorando, resolveu ir até um posto de atendimento que ficava aberto até as 22h.
“Fui atendida rapidamente”, diz a jovem, que perguntou à médica se poderia estar tendo um aborto espontâneo. Ao fazer o exame de toque, logo a equipe médica utilizou aparelhos para ouvir o coração do bebê. “Foi onde foi constatado que eu estava grávida e estava em trabalho de parto”, lembra.
Caroline pediu para a mãe encontrá-la no Hospital Regional de São José. “Chegando lá, foi quando acho que caiu a ficha e junto o desespero. Comecei a chorar muito”, diz. Já no hospital, a futura mamãe recebeu atendimento e as contrações começaram a ficar mais fortes, e foi encaminhada para a sala de parto.
“Em menos de 20 minutos eu já estava com ele nós meus braços”, lembra Caroline, que teve o bebê em um parto normal.
A jovem explica que a vinda de Joaquim foi uma surpresa para todos, porque durante os nove meses de gestação ela não teve sintomas. “Minha família e a dele não acreditaram, mas aceitaram super bem, ficaram todos muito felizes”, ressalta.
O marido de Caroline, Vinícius Luiz Fernandes, de 22 anos, ficou tão surpreendido que não conseguiu assistir ao parto: “Meu marido não assistiu ao parto. Ficou lá fora sem reação, não sabia o que fazia, ligou chorando para todo mundo, mas após ver o Joaquim, foi o pai mais babão”.
O casal já pretendia ter filhos: “Nosso sonho como casal, era se um dia tivesse filho, que fosse uma menina, tínhamos até nome escolhido, seria Helena, mas Deus mandou um príncipe, escolhemos o nome no seu segundo dia de vida, o nome escolhido foi Joaquim”.
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Gravidez silenciosa
A condição da gestação de Caroline é chamada gravidez silenciosa, quando a mulher está grávida, mas o corpo não dá sinais claros. Segundo a mãe, o seu ciclo menstrual estava desregulado. “Achei que era normal, porque ela nunca vem certo, e como não tive alteração de peso, e nem perdi roupa, achei que não fosse nada”, conta. Durante a gestação, ela conta que não sentiu mudanças no corpo e qualquer sintoma.
A médica ginecologista obstetrícia Luisa Aguiar explica que a gravidez silenciosa é um evento raro e bastante incomum. “Ela acontece já que a paciente não percebe os sinais e sintomas da gravidez e acaba descobrindo a gestação no momento do nascimento”, detalha.
Segundo a médica, a gravidez silenciosa pode ocorrer em alguns perfis de pacientes e que o quadro pode trazer riscos para a mãe e o bebê. “É sempre um risco viver uma gravidez silenciosa, pela falta de pré-natal adequado e avaliação fetal e materna”, alerta.
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