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Evento

Jornada Sul Brasileira de Hérnia acontecerá neste sábado em Blumenau

Todos os aspectos das hérnias abdominais, em seus diversos tipos serão discutidos, sendo um evento bastante importante com nível científico elevado

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem ilustrativa/ Foto: Freepik
Imagem ilustrativa/ Foto: Freepik

Blumenau sedia neste sábado, 30 de abril, a Jornada Sul Brasileira de Hérnia. O encontro reunirá diversos cirurgiões para debater as melhores técnicas para o tratamento de hérnias da parede abdominal e contará, dentro de sua programação, com uma cirurgia robótica ao vivo sob o comando do médico Pedro Trauczynski.

As hérnias da parede abdominal envolvem as umbilicais, incisionais (na cicatriz de uma cirurgia anterior), inguinais (na virilha) e as epigástricas.

A doença tem alta prevalência na população, sendo que a alteração na virilha é a mais comum – representando 75% dos casos – e atinge cerca de 20% dos homens adultos ao longo da vida.

Foto: Divulgação


A cirurgia robótica que será realizada, permitirá uma discussão em tempo real entre a plateia e o cirurgião, sobre a utilização desta técnica que tem como principal vantagem operar pacientes com casos mais complexos de forma minimamente invasiva, permitindo alta hospitalar precoce, recuperação mais rápida e redução do risco de infecção.

De acordo com Trauczynski, a cirurgia de hérnia passou por uma recente revolução. “Agora podemos operar grandes hérnias incisionais de forma minimamente invasiva, com maior segurança ao paciente, contando com a tecnologia robótica.

A cirurgia de hérnia pode ser muito complexa e exigir grande capacitação técnica, por isso é tão importante debater sobre essas técnicas e levar ao paciente, particular e SUS, o melhor tratamento possível”, enfatiza.

A Jornada é promovida pela Sociedade Brasileira de Hérnias da Parede Abdominal e segundo o presidente Marcelo Furtado, todos os aspectos das hérnias abdominais, em seus diversos tipos serão discutidos, sendo um evento bastante importante com nível científico elevado. “Vamos discutir cirurgia minimamente invasiva, cirurgia robótica, avaliando suas indicações e vantagens”, alerta.

O evento acontece no Quality Hotel Blumenau das 8h às 18h, com ampla programação. As inscrições podem ser realizadas pelo WhatsApp (79) 98857-4444 ou e-mail secretaria@sbhernia.org.br

Cirurgias de hérnias abdominais no SUS têm queda em SC

O número de cirurgias para reparo de hérnias da parede abdominal, realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Santa Catarina, foi de 22,2 mil de 2019 a 2021, de acordo com dados divulgados pelo DataSus. Entre os procedimentos de urgência e emergência foram feitas 3 mil cirurgias no mesmo período, representando 13% do total.

A queda no número anual de procedimentos foi de 52% no mesmo período, saindo de 11,1 mil em 2019 para 5,3 mil em 2021. A redução nos atendimentos ao paciente é preocupante para os especialistas, que vão debater o assunto na Jornada Sul Brasileira de Hérnia.

Em Blumenau o número de pacientes que aguarda por uma cirurgia no SUS chega a 381. Segundo o cirurgião Pedro Trauczynski, o atendimento precoce evita complicações. “É uma das doenças mais operadas no mundo e a complicação do estrangulamento acontece quando o conteúdo herniário (geralmente parte do intestino) fica estrangulado, comprometendo o fluxo sanguíneo e podendo levar à isquemia e gangrena.

O paciente geralmente apresenta dor intensa e a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível”, ressalta o médico, que também coordena o Programa de Cirurgia Robótica do Hospital Santa Isabel.

Do total das 22 mil cirurgias de hérnias feitas pelo SUS entre 2019 e 2021, apenas 127 – ou 0,5% – foram feitas utilizando a videolaparoscopia, uma tecnologia minimamente invasiva.

De acordo com o cirurgião Marcelo Furtado, a cirurgia é a única forma eficaz de tratamento para as hérnias e a sua ausência pode trazer sérios riscos ao paciente. “Além de afetar negativamente a qualidade de vida trazendo sintomas como dor, desconforto e prejuízos estéticos, as complicações como o estrangulamento e o encarceramento podem levar o paciente à morte caso não sejam tratados adequadamente”, alerta.

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