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Discussões técnicas

Hospital catarinense transmite ao vivo cirurgias de câncer no intestino para congresso

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é o terceiro mais comum na população brasileira

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução | TV Brasil
Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução | TV Brasil

O Imperial Hospital de Caridade (IHC) fez a transmissão ao vivo de duas cirurgias de câncer no intestino, diretamente do seu Centro Cirúrgico para o 8º Congresso Catarinense de Coloproctologia. As cirurgias foram transmitidas para discussões técnicas entre os médicos na última sexta-feira (24), no LK Design Hotel.

Durante o Congresso foram transmitidas mais duas cirurgias ao vivo de câncer de intestino, nas cidades de Blumenau e Itajaí. Os pacientes operados em Florianópolis têm 77  e 63 anos, e são moradores de Itapema e Brusque, respectivamente.

A equipe cirúrgica foi composta pelo coloproctologista Ramon Mendes, de Salvador, pelo coloproctologista Guilherme Buchen, que representa o corpo clínico do Imperial Hospital de Caridade e Hospital Baía Sul, e pelo coloproctologista Luis Gustavo Capochin Romagnolo, de Barretos. “É um momento único, e contribui muito para que os médicos se capacitem e debatam os detalhes do procedimento em tempo real”, disse o coloproctologista Guilherme Buchen.

Considerando o Março Azul-Marinho, de câncer colorretal, foram realizados entre os dias 23 e 25 de março o 8º Congresso Catarinense de Coloproctologia, o 1º Simpósio Brasileiro de Câncer Colorretal e o 1º Simpósio Catarinense de inovações em Coloproctologia, no LK Design Hotel. 

Sobre o câncer de intestino

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é o terceiro mais comum na população brasileira. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); tumoração abdominal. 

Segundo o cirurgião oncológico do Imperial Hospital de Caridade e professor adjunto no Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Danton Spohr Corrêa, os sintomas variam de acordo com o local onde o tumor surge. “Tumores do lado direito podem se apresentar com diarreia, anemia e perda de peso. Já os do lado esquerdo, sangramento e mudança no calibre nas fezes, além da perda de peso”, esclarece o cirurgião.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de colonoscopia. Quando realizada de forma preventiva, é possível identificar pólipos que podem ser removidos antes de virarem o câncer. Na maioria dos casos, os pólipos são assintomáticos, e normalmente a remoção é feita no momento do exame.

Quando o exame é feito para investigar sintomas, é possível encontrar lesões mais avançadas. Nesse caso, deve ser feito o envio para a biópsia.

Tratamento

Segundo o médico, existe cura para a doença, e o tratamento pode requerer cirurgia, quimioterapia, e, se o tumor for mais próximo ao ânus, radioterapia.

Prevenção

Além de hábitos de vida saudáveis, como a ingestão de frutas, verduras, fibras, e evitar o etilismo e tabagismo, a prevenção deve levar em conta o exame de colonoscopia de rotina. “Recomendo aos pacientes a realização da primeira colonoscopia com 45 anos de idade. Se estiver normal, a cada cinco anos o exame deve ser repetido. Caso haja alguma alteração, a recomendação deve ser individualizada de acordo com cada caso”, conclui o cirurgião.

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