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TRISTE LEMBRANÇA

Há 5 anos, primeiro caso de Covid-19 era confirmado no Brasil

O paciente, um homem de 61 anos que havia viajado para a Itália, foi atendido no Hospital Albert Einstein, em São Paulo

• Atualizado

Agência Brasil

Por Agência Brasil

Há 5 anos, primeiro caso de Covid-19 era confirmado no Brasil. – Foto: Pixabay/Reprodução
Há 5 anos, primeiro caso de Covid-19 era confirmado no Brasil. – Foto: Pixabay/Reprodução

Há cinco anos, em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil registrava oficialmente o primeiro caso de Covid-19. O paciente, um homem de 61 anos que havia viajado para a Itália, foi atendido no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A confirmação veio após exames feitos por uma equipe que já se preparava para detectar o vírus, num momento em que o país ainda não sabia a dimensão do que estava por vir.

O diagnóstico foi realizado pelo laboratório do Einstein, que havia desenvolvido um teste próprio para o SARS-CoV-2, baseado em um protocolo alemão.

“Por isso, os clínicos que o atenderam no pronto-socorro suspeitaram da síndrome e foi solicitado o PCR para a identificação específica do vírus”, explica Cristóvão Mangueira, diretor-médico do Laboratório Clínico do Einstein. Na época, ainda não havia testes comerciais disponíveis, e a confirmação foi feita com tecnologia adaptada da Alemanha.

A notícia foi divulgada oficialmente pelo Ministério da Saúde no dia seguinte, 26 de fevereiro, em uma coletiva sem distanciamento ou uso de máscaras.

O então ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que “a população brasileira teria todas as informações necessárias para que cada um tomasse suas precauções, que são cuidados com a higiene e etiqueta respiratória, como lavar as mãos e o rosto com água e sabão”.

Naquele momento, as medidas consideradas eficientes ainda eram limitadas, e o país não previa o impacto que a pandemia teria nos meses seguintes.

Da China ao Brasil: o avanço da pandemia

A doença já era conhecida desde dezembro de 2019, quando a China notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma nova síndrome gripal que se espalhava rapidamente pela cidade de Wuhan. Inicialmente, não se sabia como o vírus era transmitido, e a hipótese mais aceita sobre a origem envolvia a comercialização de animais exóticos em um mercado local.

A primeira grande quarentena foi decretada em Wuhan em 23 de janeiro de 2020, com proibição da circulação de pessoas dentro e fora da cidade.

No Brasil, essa informação levou alguns dias para ser amplamente divulgada, e, mesmo após o primeiro caso confirmado, o governo federal hesitou em adotar medidas restritivas.

Em 26 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde já monitorava 20 casos suspeitos no país, distribuídos em sete Estados: Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Ao todo, 59 suspeitas já haviam sido descartadas.

Com o avanço dos casos, Estados e municípios passaram a adotar medidas de restrição a partir de março. O Distrito Federal foi o primeiro a decretar fechamento de escolas e estabelecimentos comerciais, no dia 11 daquele mês.

O país só declararia estado de transmissão comunitária em 20 de março, quando os casos já estavam espalhados por diversas regiões.

O impacto da pandemia e a crise na gestão

Nos meses seguintes, o Brasil enfrentou sucessivas ondas da Covid-19, com hospitais lotados e dificuldades para conter a disseminação do vírus.

A ausência de uma estratégia nacional unificada levou estados e municípios a adotarem medidas próprias, enquanto o governo federal minimizava os impactos da crise sanitária.

A pandemia revelou falhas na coordenação entre os entes federativos, como aponta um estudo de 2022 dos pesquisadores Thalyta Martins e Raphael Guimarães.

Segundo eles, “predominaram entraves de articulação intergovernamental, indefinição e sobreposição de atribuições e funções, barreiras na integração e execução de ações em tempo oportuno, protagonismo de alguns governos e negligência de outros, veiculação de informações contraditórias e com pouca transparência”.

Cinco anos após o primeiro caso, a Covid-19 deixou um saldo de cerca de 700 mil mortes no Brasil. O impacto da pandemia ainda é sentido na saúde, na economia e na sociedade, relembrando a importância da ciência e da preparação para futuras crises sanitárias.

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