Fisioterapia pélvica previne dores durante a gestação e contribui para um parto mais confortável
Algumas dores podem persistir até o nascimento do bebê
• Atualizado
Em meio às transformações fisiológicas e biomecânicas pelas quais a gestante passa, lombalgia, dores no nervo ciático e sacroilíacas, edemas nos membros inferiores e alterações respiratórias – dependendo do tamanho do abdômen – são algumas condições que podem persistir até o nascimento do bebê, mas uma aliada considerada relativamente nova pode ajudar a prevenir esses desconfortos e ainda preparar a mulher para um parto mais tranquilo, seja ele normal ou uma cesariana. Trata-se da fisioterapia pélvica, especialidade que, segundo Danielle Evangelista, professora de Fisioterapia da Estácio, trabalha a funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico e dos órgãos adjacentes (bexiga e intestino).
“A fisioterapia pélvica prepara o corpo da mulher, evitando o aparecimento de disfunções durante a gestação e após o parto. Os benefícios são variados, dentre eles, a boa sustentação do útero, bexiga e intestino em posição anatômica adequada, evitando os prolapsos genitais; ensaio do período expulsivo, consciência, flexibilidade e força muscular para evitar laceração vaginal. Também previne e trata a incontinência urinária”, esclarece.
Talita Leite Ladeira, que também é professora de Fisioterapia da Estácio, acrescenta que é possível prevenir e minimizar as queixas durante o período gestacional através de exercícios de mobilidade, flexibilidade, fortalecimento muscular, condicionamento cardiorrespiratório e exercícios específicos para a região perineal.
“É uma técnica de prevenção e reabilitação que dá mais segurança às mulheres e proporciona um apoio emocional em uma fase de tantas transformações”, observa.
De acordo com as especialistas da Estácio, o momento mais adequado para dar início à fisioterapia pélvica é a partir da 12ª semana gestacional, desde que seja liberada pelo médico obstetra.
“O tratamento é contraindicado em situações relacionadas à incompetência do colo uterino, sangramento vaginal persistente, possibilidade de um parto prematuro, crescimento fetal restrito, doença infecciosa em andamento, diabetes gestacional e desordem hipertensiva descompensados”, informa Talita Leite Ladeira.
“Além de ser indicada para gestantes, a fisioterapia pélvica trata e previne disfunções urinárias, fecais e sexuais em mulheres, homens e crianças”, aponta Danielle Evangelista. Talita Leite Ladeira completa: “A técnica também auxilia em casos de alterações urológicas e de próstata, disfunção sexual masculina. Entre a população feminina, pode ajudar durante o climatério e a menopausa, em casos de prolapso (queda de órgãos pélvicos) e dores pélvicas crônicas, como o que ocorre nos casos de endometriose”.
>>> PARA MAIS NOTÍCIAS, SIGA O SCC10 NO TWITTER, INSTAGRAM E FACEBOOK
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO