Febre oropouche: cidade do Norte de SC confirma primeiro caso da doença
A febre Oropouche é uma doença viral transmitida pelo mosquito maruim
• Atualizado
Foi confirmado o primeiro caso de febre Oropouche em Corupá, no Norte catarinense. O anúncio foi divulgado por meio da Secretaria Municipal de Saúde, na última quarta-feira (5).
De acordo com a Prefeitura de Corupá, a paciente tem entre 40 e 50 anos e está bem de saúde.
O que é febre Oropouche?
Segundo o Ministério da Saúde, a febre Oropouche, doença viral transmitida pelo mosquito maruim, pode causar surtos significativos, especialmente em áreas tropicais e subtropicais. Os sintomas comuns incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, e em alguns casos, pode levar a complicações mais graves.
A Secretaria Municipal de Saúde de Corupá tranquiliza a população e afirma que não existe tratamento específico para a doença. Porém, os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Além disso, não há vacina e tratamento específico disponíveis.
“Outros municípios da região também já confirmaram casos da doença, sendo que todos que contraíram a Oropouche estão estáveis”, destacou a Secretária de Saúde.
Não existe nenhuma notificação sobre o registro de mortes no Brasil devido à doença.
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Como ocorre a transmissão?
A infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Emy Gouveia, afirma que a transmissão ocorre quando um mosquito pica primeiro uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, pica uma pessoa saudável, passando a doença para ela. Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
Ciclo silvestre: nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus, mas o maruim é considerado o principal transmissor nesse ciclo.
Ciclo urbano: já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O maruim também é o vetor principal, porém, alguns casos também podem estar associados ao Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos.
“A diversidade de mosquitos envolvidos na transmissão do vírus é uma das preocupações mais sérias em relação ao aumento de casos no Brasil, especialmente em regiões além da Amazônia, uma vez que a disseminação pode ocorrer de maneira mais rápida, considerando que as pessoas também são hospedeiras”, afirma Emy.
Casos de febre do Oropouche estão aumentando no Brasil
A febre do Oropouche tem apresentado aumento no Brasil em 2024. Conforme dados do Ministério da Saúde, o país registra atualmente 6.637 casos confirmados, com a maioria concentrada no Amazonas (3.564 casos) e em Rondônia (1.748 casos).
Outros estados afetados incluem Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina, Piauí, Roraima, Minas Gerais, Amapá e Pernambuco. Casos detectados no Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraná e Maranhão estão em investigação para determinar o local provável de infecção.
*Com informações do Estadão
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