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Prevenção

Dezembro Vermelho: quase 11 mil brasileiros morreram por HIV em 2022

A estimativa é que um milhão de brasileiros convivem com a Aids e cem mil sequer sabem que estão infectados

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: reprodução via SBT News
Foto: reprodução via SBT News

Os números mostram que o HIV no país está longe de ser coisa do passado. Quase onze mil brasileiros morreram em consequência do vírus em 2022, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (30). 

A estimativa é que um milhão de brasileiros convivem com a Aids. Cem mil sequer sabem que estão infectados. Cerca de 30 brasileiros morreram, diariamente, em decorrência da síndrome, no ano passado.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), outro dado alarmante é que entre os mortos, 61,7% são negros e  35,6% brancos. Essa maioria pode ser explicada pela vulnerabilidade da comunidade negra em questões sociais básicas como acesso à saúde e educação.

“Os jovens que estão se infectando são jovens negros. São meninos e meninas, adolescentes, negros e negras. Então, nós temos uma tarefa enorme de diminuir essa desigualdade no Brasil”, afirmou Ethel Maciel, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Segundo o levantamento apresentado pelos técnicos do MS, para acabar com a Aids como problema de saúde pública, a Organização das Nações Unidas (ONU) orienta como meta ter 95% das soropositivos em tratamento.

No Brasil, 90% estão diagnosticadas, destes 81%, têm acompanhamento médico. O governo federal afirma que possui os medicamentos necessários para alcançar a meta da ONU. Também anunciou a compra de 4 milhões de unidades de um teste rápido que será oferecido pelo SUS. 

Outra frente no combate à doença é a distribuição de comprimidos para a proteção contra o HIV antes de relações sexuais, as chamadas “preps”.

Para o criador da ONG Amigos da Vida, e ativista na luta contra a Aids, Christiano Ramos, é preciso combinar as formas de prevenção para reduzir os casos no país.

“É importante a gente entender de uma vez por todas a necessidade da prevenção combinada. Usar os preps, fazer os testes e o uso do preservativo, da camisinha, da velha camisinha”, concluiu Ramos.

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