Como evitar intoxicação alimentar na ceia de Natal
Aprenda cuidados essenciais com cozimento, higiene e armazenamento de alimentos para um Natal seguro
• Atualizado
A intoxicação alimentar atinge milhões de pessoas todos os anos e tende a aumentar no período do Natal, quando grandes refeições são preparadas, especialmente com aves. O alerta é da professora de microbiologia Primrose Freestone, da University of Leicester, em artigo publicado na plataforma The Conversation Brasil e repercutido pelo portal Metrópoles.
No Reino Unido, o país registra mais de 2,4 milhões de casos de intoxicação alimentar por ano. As agências de saúde pública observam consistentemente um aumento sazonal durante o período festivo, associado principalmente à preparação generalizada de aves, como o peru.
As bactérias mais comuns nesse tipo de infecção são campylobacter e salmonella, frequentemente presentes em aves cruas. Embora a maioria dos casos seja leve e se resolva sozinha, a intoxicação pode ser grave para crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Os sintomas mais frequentes incluem náuseas, vômitos, febre, diarreia e mal-estar geral.
Veja os pincipais cuidados para reduzir o risco:
Verificar datas de validade: alimentos com o rótulo “consumir até” devem ser consumidos dentro do prazo e armazenados corretamente. Mesmo dentro da validade, produtos com embalagem estufada, cheiro ou aparência estranhos devem ser descartados.
Descongelar e cozinhar aves corretamente: perus e aves grandes podem levar dias para descongelar. Cozinhar aves ainda congeladas ou recheadas por dentro pode deixar bactérias vivas. Lavar aves cruas não é necessário e aumenta o risco de contaminação cruzada. A carne deve atingir 75 °C no centro, e o recheio é mais seguro se preparado separadamente.
Higiene na cozinha: lave bem as mãos, tábuas, facas e superfícies após manusear alimentos crus. Pessoas com vômitos ou diarreia não devem preparar refeições para outros.
Armazenamento de sobras: refrigere as sobras em até duas horas, cubra e consuma em até dois dias. Se não for possível, congele por até três meses a -18 °C. Geladeiras sobrecarregadas podem permitir o crescimento de bactérias.
Ceias fora de casa e buffets: cerca de 60% dos casos no Reino Unido estão ligados a refeições fora de casa. Alimentos perecíveis não devem ficar fora da geladeira por mais de duas horas; alimentos quentes devem ser mantidos acima de 60 °C. Sobras devem ser refrigeradas imediatamente e reaquecidas antes do consumo.
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