Com o mesmo problema de Faustão, transplantada conta como é a vida após receber o órgão

Clarissa, 44 anos, natural de Porto Alegre, passou pelo mesmo problema que o apresentador Faustão está enfrentando atualmente, teve uma insuficiência cardíaca.

Em entrevista ao Portal SCC10, ela compartilhou sua história e como foi o processo do transplante de coração. De acordo com os médicos de Clarissa, o caso foi de forma idiopática, não tem uma causa definida. Ela começou a sentir um cansaço muito grande, pois a doença enfraquece o coração, não conseguindo bombear sangue suficiente para atender as necessidades do corpo.

Na sua primeira internação, lhe diagnosticaram com insuficiência cardíaca e começaram o tratamento terapêutico. Após, iniciaram outro tratamento com um ressincronizador – uma espécie de marca-passo, com 4 cabos que leva até o coração, para manter a pessoa bem até a chegada do novo coração.

O caso de Clarissa, era de extrema gravidade. Ao entrar na fila, todo o processo do tratamento durou 1 ano (pré-transplante), mas esperou 2 meses quando entrou na lista de espera para o órgão.

Antes, ela passou por uma bateria de exames para a chegada do novo coração, para que tenha compatibilidade. Porém, às vezes existem casos de rejeição do órgão, mesmo com as medicações e com a compatibilidade. Foi o que ocorreu com a Clarissa, em 2021.

Quase dois anos depois, ela passou por um caso de rejeição forte, tendo que implantar um stent no coração, pois as células do seu corpo não estavam aceitando o “corpo estranho”.

Após todo o processo, Clarissa disse que a sensação foi de “alívio”: “É uma coisa maravilhosa, porque de imediato já sentir que o meu corpo estava respondendo bem a medicação, ao novo coração”.

Hoje, ela é Bacharel em Direito, tem pós em moda de mercado, área na qual trabalha atualmente. É atleta amadora, faz natação e no início desse ano, fez uma travessia de 500 metros em Copacabana, com uma turma PCD.

Uma mensagem de fé e esperança

Clarissa deixou uma mensagem para o apresentador Faustão e para todos que estão enfrentando a mesma situação.

“O Faustão vai ser contemplado, vai ter uma vida ainda muito feliz com seus filhos, com sua família, com seu público. Assim como eu, espero que outros amigos que estão em lista de espera também, porque o transplante de órgãos, a doação de órgãos é muito simples.

“Não podemos perder a fé, a esperança. Temos que acreditar na equipe médica, acreditar no processo, na terapia medicamentosa que é feita no pré-transplante”, disse.

“O transplante acontece, ele existe de forma séria, é um procedimento realizado pelo SUS que acontece de forma séria. É onde o princípio de igualdade se aplica excelentemente, é no SUS. Não tem raça, não tem sexo, não tem classe social”, concluiu.

Confira uma parte da entrevista

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