Butantan anuncia queda na cobertura vacinal infantil
A pesquisa do instituto engloba casos de poliomielite, rubéola e difteria
• Atualizado
O Instituto Butantan fez um novo alerta para a baixa cobertura vacinal infantil no Brasil. Segundo a entidade, a famosa imunização tríplice viral, que combate o sarampo, a rubéola e a caxumba, e difteria-tétano-coqueluche estão registrando uma queda significativa entre os menores de cinco anos, o que pode resultar na volta de doenças já erradicadas.
Embora 90% da população reconheça a importância das vacinas, segundo pesquisa do IBOPE Inteligência de agosto de 2020, três em cada dez crianças brasileiras não foram imunizadas contra doenças potencialmente fatais. A situação se agravou ainda mais com a pandemia de covid-19, que fez os números de vacinação caírem de 93%, em 2019, para 71%, em 2021.
A não imunização pode colocar todos em risco. Em 2016, por exemplo, o Brasil conquistou o certificado de eliminação do vírus do sarampo. Entretanto, em 2018 a doença voltou, com mais de 10 mil casos confirmados na época. Segundo o Butantan, poliomielite, rubéola e difteria são algumas das doenças que podem ressurgir devido à baixa cobertura vacinal.
Ao mesmo tempo, a adesão à vacinação contra covid-19, tão esperada entre os pequenos, está abaixo das expectativas. Até o momento, 60% das crianças entre cinco e 11 anos tomaram a primeira dose e apenas 30% estão com o esquema vacinal completo em maio.
O cenário pode influenciar em casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), quando a criança desenvolve inflamação em diferentes órgãos, e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que leva a desconfortos respiratórios e queda na saturação. Neste último caso, também é considerada a contaminação pelo vírus influenza, causador da gripe.
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