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"Nós Nos Importamos”

Vítimas de violência urbana passam por tratamento psicológico em projeto universitário de Joinville

No projeto “Nós Nos Importamos” alunos e professores buscam auxiliar no tratamento psicológico de pessoas que passaram por violência doméstica

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Alex Green | Pexels
Foto: Alex Green | Pexels

Um projeto realizado pelo curso de Psicologia da Universidade Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc) realiza o atendimento de pessoas vítimas de violência urbana em Joinville. Os pacientes são encaminhados pela Delegacia da Polícia Civil, que desde 2018 possui parceria com a instituição.

A ideia surgiu da Delegada da Policia Civil, Tania Harada, que em parceria com a Universidade encaminha para atendimento, vítimas de violência urbana no município. A ideia surgiu após a delegada perceber que as vítimas de violência não eram devidamente assistidas pelo Estado, em termos de atendimento psicológico. 

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Com o projeto “Nós Nos Importamos” alunos e professores buscam auxiliar no tratamento psicológico de pessoas que passaram por violência doméstica, assaltos, sequestros, tentativas de suicídio, acidentes de trânsito e tudo aquilo que caracteriza uma mudança de comportamento após uma experiência traumática, envolvendo aspectos de processo judicial, caracterizado como “violência urbana”.  Segundo a dados registrados pela Polícia Civil estes casos são mais comuns do que imaginamos. Cerca de 940 pessoas passaram pelo atendimento na clínica escola, em 2020 e as consultas são acompanhadas pelos professores e os alunos podem participar do projeto a partir do 9ª semestre.

Adilson Aviz, coordenador do curso, explica: “a partir do 9ª semestre os alunos estão preparados para praticarem o estágio de clínica e aí os atendimentos se configuram em tratamento individual. Além disso quando é em grupo, vira psicoterapia com técnicas direcionadas. Tudo é supervisionado pelo professor responsável.”

Ele complementa explicando a dinâmica dos atendimentos. “Os encaminhamentos são feitos pela Psicóloga Policial Civil, Márcia Santos, auxiliada por uma estagiária de Psicologia. Quando há entrada de casos que necessitam de atendimento psicológico imediatamente eles são agendados, diz. Segundo ele, na maioria dos casos as pessoas comparecem e são acompanhadas na modalidade de psicoterapia pelos alunos do último ano do curso de Psicologia, supervisionados por um professor.

O professor finaliza dizendo que o atendimento é gratuito, mas aberto ao público mediante seleção feita pela delegacia. “qualquer pessoa pode utilizar. Para as vítimas, a necessidade deste atendimento é imprescindível, pois os traumas sofridos pela violência devem ser tratados o quanto antes para prevenir possíveis transtornos de estresse pós-traumático”, salientou.

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