Máscaras lúdicas ajudam pacientes pediátricos durante sessões de radioterapia
Antes de iniciar o tratamento, os profissionais do setor de Radioterapia do Hospital Santo Antônio, conversam com o paciente e descobrem qual o seu personagem favorito
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Se para um adulto, fazer uma sessão de radioterapia, do qual você precisa ficar por pelo menos 15 minutos sem se mexer já é difícil, imagina para uma criança. Durante a realização das sessões de radioterapia é obrigatório o uso da máscara para tratar os tumores de cabeça e pescoço, face ou sistema nervoso central. Seu material é de plástico sensível ao calor e vem em forma sólida e plana, quando colocada na água quente, o plástico se torna mole e flexível. Neste momento, com a temperatura adequada, ela é moldada ao rosto do paciente, que utiliza a máscara até o final do tratamento. Cada máscara é única e exclusiva para o paciente.
Quando o paciente está deitado, a máscara é colocada e presa na mesa durante a sessão de radioterapia e impede o movimento da cabeça do paciente. Pensando em proporcionar mais humanização e transformar o momento em algo mais leve, o técnico em radiologia do Hospital Santo Antônio, Lucas Agostinho Beckhauser, que já tinha visto a customização em outros serviços, levou a ideia para o setor de radioterapia do Hospital. Com a ajuda do amigo Anderson Marqueti, transformaram uma máscara branca em uma máscara do Capitão América. A ideia foi abraçada por outros profissionais da instituição.
Quando se trata de pacientes pediátricos, a radioterapia se torna ainda mais delicada, pois quando a criança não consegue ficar na mesa sozinha, é necessária a utilização de anestesias e sedações. Por isso as máscaras ajuda no tratamento dos pequenos, fazendo as crianças entrarem no mundo da imaginação. Já na primeira consulta, onde é feita a moldagem da máscara no rosto do paciente, os colaboradores conversam e distraem as crianças, transformando em uma brincadeira, perguntam qual o personagem favorito, seu super herói, e o que a sala lembra para ela.
Mariah, paciente de 6 anos, na primeira consulta contou para os profissionais que Frozen era seu desenho favorito. Dessa forma, Mariah e os profissionais, juntos imaginaram esse mundo encantado. “Quando ela recebeu a máscara da Elsa, já se empolgou, a sala já ficou um pouco mais gelada, e ela entrou na brincadeira, falando que era o mundo da Frozen”. Relata Dra. Vanessa Oliveira, médica radioncologista do Hospital Santo Antônio.
Hoje, as máscaras são confeccionadas pelas técnicas de radiologia, e aos poucos os armários estão ganhando espaço para os personagens, além da Elsa, um unicórnio e o capitão América decoram esse ambiente, esperando seus pequenos pacientes.
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