A arte do café

Olá amigos, espero encontra-los bem, desejo que 2022 seja repleto de positividade, prosperidade, saúde e muito café.

Nosso primeiro artigo de 2022, vou escrever um pouco para vocês sobre as etapas do café até chegar na sua xícara, costumo sempre dizer que não é só café, isso porque até chegar no consumidor final, o processo em cadeia é meticuloso, estratégico, árduo.

Geralmente sempre elogiamos o barista quando provamos um café maravilhoso, claro que ele faz parte da cadeia, mas se o processo na fazenda não fosse feito da maneira correta, se a secagem não foi correta, se a torra passou do ponto, ou até mesmo se você colocou açúcar antes de dar o primeiro gole, todo esse processo foi por água baixo. Então valorizamos produtor, mestre de torra, barista e assim vai.

Tudo começa nas escolhas das melhores sementes de café, antes de ir para o cafezal, passa pelos viveiros, onde mudas são selecionadas e plantadas diretamente na terra. Para o café especial, o ideal é que esse plantio seja acima de mil e cem metros de altitude.

O cafezal pode demorar até sete anos para chegar seu ponto ideal da floração, isso se falando de um plantio novo, os frutos substituem as folhas, nesse processo da floração o produtor conta muito com a natureza, chuva e sol no momento certo darão um excelente grão, como também efeitos diversos como granizo podem acabar com todo o cafezal, o que aconteceu por dois momentos em 2021 no sul de MG e parte de SP, onde a forte geada acabou com grande parte das plantações. As flores brancas aparecem entre setembro e novembro, são delas que os grãos tomam forma, primeiramente após as flores elas se se transformarão em pequenos frutos que, inicialmente, possuem a cor verde. Após o amadurecimento o tom vermelho ou amarelo, dependendo da variedade da planta, mostra que está na hora da colheita.

A colheita se dá entre os meses de maio e agosto. No caso dos cafés especiais, são colhidos manualmente, assim o produtor com sua técnica e sabedoria sabe distinguir realmente se o fruto está maduro, este processo é feito na fazenda parceira da marca catarinense de café especial CASA CAFÉ GRÃOS.

Após a colheita é feita a lavagem e separação dos grãos. Durante este processo, são eliminadas impurezas, mesmo feito a colheita a mão pode ver algum tipo de galho, terra que pode ter caído no saco de colheita durante o processo. Lembrando que aqui estamos falando de café especial, algumas fazendas que produzem cafés para o mercado tradicional, o processo pode ser outro, como a colheita feita com máquinas. Existe vários tipos de secagem de café, um deles após o mergulho dos grãos em banheiras para a lavagem, é feito o despolpamento. Em máquinas apropriadas, são retiradas as cascas e polpa do fruto. Após isso, o café passa por um processo de fermentação, que dá conta de retirar toda a sua parte úmida, deixando a semente pronta para ir ao terreiro fazer a secagem.

Depois de todo esse processo, vamos para outro processo extremamente sensível, a torra, aqui profissionais capacitados torram os grãos de acordo como o cliente quer, torra clara, torra média e torra escura, o tipo de torra mais utilizado é a média, um equilíbrio para que não se perca todos os nutrientes do grão.

Feito estes processos, os grãos são embalados e vendidos, alguns conforme o pedido do cliente é moído e depois embalado. Não termina aqui o processo, para finalizar, o barista precisa extrair de forma correta o café para sua mesa, neste processo, quantidade, tipo de moagem e temperatura da água faz a diferença, e pode fazer o Grand finale como estragar todo processo até aqui.

Por isso sempre ao receber sua xicara de café especial, prove sem açúcar, você vai perceber que o café já vem adocicado do pé.

Bons Pensamentos, Boas Palavras, Boas Ações e Bons Cafés.

Por Rodrigo Gomes Leite

>> Para receber as informações mais importantes do dia pelo WhatsApp, gratuitamente, basta clicar AQUI!

>> PARA MAIS NOTÍCIAS, SIGA O SCC10 NO TWITTER, INSTAGRAM E FACEBOOK.