Greve do SAMU: atendimentos no Sul de SC estão paralisados
O atendimento do Samu na região de Criciúma foi paralisado nesta terça-feira (21).
• Atualizado
com informações de Marco Búrigo
Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, paralisaram as atividades nesta terça-feira (21). A paralisação já ocorre em pelo menos 14 municípios da região de Criciúma.
Para discutir a situação, os trabalhadores da OZZ realizaram uma assembleia na manhã desta terça-feira (21), inicialmente foi definido que, caso o Estado não atendesse as reivindicações dos trabalhadores, o serviço do Samu no Sul do Estado poderia ser paralisado a partir de quinta-feira (23).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Criciúma e Região, a instituição não orientou a paralisação das atividades, e uma eventual greve poderia ocorrer a partir de quinta-feira, e não de hoje.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Criciúma e Região Cleber Cândido, foi pedido que o serviço volte a funcionar normalmente e conversas com os colaboradores já está em andamento, mas há uma “indignação muito grande”.
O contrato com a empresa OZZ Saúde, reponsável pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Santa Catarina, se encerra em 31 de dezembro deste ano. Com a indefinição sobre a renovação ou não do contrato pelo Governo do Estado, a empresa afirmou que, caso não haja a prorrogação, o décimo terceiro salários dos trabalhadores só será pago junto à “rescisão contratual ante o cumprimento de aviso prévio por todos os trabalhadores”.
Em nota, a OZZ afirmou que aguarda um posicionamento da Administração Pública. Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que deve se manifestar sobre a situação através de nota.
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Funcionários do SAMU da Grande Florianópolis vão decidir sobre greve
Na noite desta terça-feira (21), os trabalhadores do SAMU na Grande Florianópolis decidiram em assembleia enviar carta pública ao Governo do Estado sobre o não pagamento de 13º salário e verbas rescisórias. A carta também manifesta o interesse dos trabalhadores de que o Estado assuma interinamente o serviço do SAMU.
O contrato da Ozz Saúde com a Secretaria de Estado da Saúde encerra no último dia de dezembro (31).
Segundo o advogado dos profissionais do SAMU Henrique Alves, há diversos pontos importantes para os trabalhadores. Entre eles, o advogado destacou, a compensação do FGTS, férias, segunda parcela do 13º salário e o pagamento verbas rescisórias.
Conforme Alves, que também representa os profissionais do SAMU de outras regiões do estado, a paralisação já está em andamento em outros locais, mas na Grande Florianópolis, os trabalhadores vão primeiramente tentar alinhar a a Secretaria de Saúde do Estado (SES)
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Confira o posicionamento dos profissionais do SAMU da Grande Florianópolis
Após ameaças de calote pela empresa, trabalhadores do SAMU deliberam possibilidade de greve
Na última semana, os trabalhadores do SAMU da Grande Florianópolis, contratados pela Ozz Saúde, foram surpreendidos por um informe da empresa que ameaça não pagar 13º salário e verbas rescisórias diante do término do contrato com o Governo do Estado. Em assembleia na noite desta terça (21), os trabalhadores decidiram por manifestar formalmente ao governo para que o estado assuma interinamente o serviço.
Uma carta pública será entregue ao Governo do Estado e uma manifestação dos trabalhadores será feita para garantir que o executivo entenda o encaminhamento dado pelos funcionários do SAMU. Se nada for feito, um encaminhamento para greve está em aberto.
Um edital para contratação de nova empresa está em curso, mas ainda sem definição. Em meio às festas de fim de ano, em que as ocorrências costumam aumentar no serviço, não há perspectivas em relação a como ficará o contrato dos trabalhadores. No dia 31 de dezembro deve ser feita a rescisão em massa dos funcionários da OZZ, que ficarão sem contrato oficial. Até agora, o Governo do Estado não anunciou nenhuma medida para resolver a questão.
A jornada de embates entre os trabalhadores e a Organização Social não é de hoje. Atrasos em verbas salariais, não apresentação de cronograma de férias, falta de pagamento de contratos essenciais para o serviço, precarização de bases e viaturas e falta de pagamento do FGTS são alguns dos cenários que os trabalhadores enfrentaram nos últimos anos.
O SindSaúde/SC tem tentado garantir os direitos dos trabalhadores judicialmente, sendo que causas como o pagamento do reajuste salarial de 2018 já tiveram resultados positivos. Porém, os impasses entre o Estado e a Ozz tem sido um empecilho para garantir que os direitos sejam garantidos extrajudicialmente. De um lado, a empresa alega que não tem verbas suficientes para garantir o contrato, do outro o Estado afirma que repassa todos os montantes necessários.
Os trabalhadores do SAMU estão esgotados e sobrecarregados diante da negligência da OZZ e da falta de responsabilidade do Governo do Estado com o serviço. O que um dia foi um serviço de excelência encontra-se completamente sucateado e com trabalhadores negligenciados.
Uma nova assembleia dos trabalhadores está marcada para esta quarta (22) procurando debater a resposta da SES diante da apresentação da proposta.
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