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Dezembro Laranja: prevenção ao câncer de pele deve ser o ano inteiro

Quanto mais sol uma pessoa toma, mais manchas na pele ela vai ter.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Câncer de Pele e uso de protetor solar são temas recorrentes no verão e que parecem “batidos”, mas que, com o aumento de casos da doença a cada ano, principalmente de mortalidade, preocupam profissionais e trazem mais reflexão sobre o comportamento e os cuidados com a saúde. O assunto vem à tona principalmente no verão quando as pessoas mais se expõem ao sol, mas a necessidade de cuidados com a pele deve ser preocupação para o ano todo, segundo os especialistas.

A estimativa de novos casos de câncer de pele para 2020, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de 176.930 para o não melanoma e 8.450 para o melanoma. Segundo a médica dermatologista Paula Barroco, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as pessoas precisam levar a sério a proteção e entender que o perigo não está só no verão e não só na praia, quando costumam se proteger. “As pessoas tem a sensação de que é preciso se proteger só na praia ou na piscina e desconhecem que a radiação ultravioleta está presente o ano inteiro e é a responsável pelo câncer de pele. É preciso se proteger em todas as épocas do ano e não só no verão, ou pior, só quando vai à praia”, ressalta.

Diagnóstico precoce

Segundo a médica o diagnóstico precoce do melanoma é essencial. Entretanto, o problema é que poucos se atentam aos seus sinais. Ele pode surgir, por exemplo, de um sinal antigo, que nasceu com a pessoa e que se modificou ao longo dos anos, ou ainda de um sinal que nasceu com o tempo. “Machucadinhos” na pele, aqueles demoram para cicatrizar, que vão e voltam e os sinais que sangram com facilidade também precisam de atenção.

Ainda de acordo com a médica, um erro muito comum em quem pensa que está se protegendo no verão, é que muitos não passam o protetor da forma correta, ou não reaplicam de 3 em 3 horas, ou usam fatores muito baixo, ou pior: pensando na beleza usam óleos bronzeadores e esquecem da saúde. “Uma informação importante e desconhecida por muitos, é a de que o sol que a gente pega na infância e o número de queimaduras solares são os maiores responsáveis pelo câncer de pele do tipo mais agressivo, o melanoma”, explica. Sendo assim, “o ideal é que a proteção que deve começar ainda na infância, se estenda às barreiras físicas como chapéus, guarda-sol, roupas com proteção ultravioleta e filtros específicos para as crianças, que são mais resistentes”, ressalta.

O câncer não melanoma é o mais frequente no país, corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Ele tem grande percentual de cura se detectado e tratado precocemente. Segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, do Inca, 1.358 homens e 971 mulheres morreram vítimas da doença em 2018. Santa Catarina tem uma taxa estimada de 6,14 casos para cada 100 mil homens e 5,33 casos para cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto.

Tipos de Câncer de Pele

Quanto mais sol uma pessoa toma, mais manchas na pele ela vai ter. Entre os cânceres mais comuns estão o basocelular e o espinocelular, que quando detectados a tempo são mais fáceis de resolver. O mais agressivo, e que está no radar dos médicos, é o melanoma, pois ele pode gerar metástase. Segundo a dermatologista Paula Barroco, “as pintas mais ‘feias’ são o principal sintoma do melanoma, tipo de câncer que afeta os melanócitos, células que produzem pigmento. É preciso atenção, pois apesar de ser o tipo menos frequente entre os tumores da pele, tem o mais alto índice de mortalidade e geralmente se apresenta em pacientes jovens. Mas, quando se descobre a doença precocemente, a chance de cura ultrapassa os 90%.”

Principais fatores de risco para o câncer de pele não melanoma:
  • pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;
  • histórico pessoal ou familiar deste câncer;
  • pessoas com doenças cutâneas;
  • pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;
  • exposição prolongada e repetida ao sol;
  • exposição a câmeras de bronzeamento artificial.
Identificação de pintas suspeitas

Uma regra adotada internacionalmente pelos médicos é a do “ABCDE” que aponta sinais sugestivos de tumor de pele do tipo melanoma:

  • A de Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
  • B de Bordas irregulares: contorno mal definido;
  • C de Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
  • D de Diâmetro: maior que 6 milímetros;
  • E de Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor). Na maior parte das vezes alterações como estas na pele não são causadas por câncer, mas é importante que elas sejam investigadas por um médico.
Dezembro Laranja – mês de conscientização

As ações de prevenção contra o câncer de pele e de conscientização para a proteção solar são intensificadas nessa época do ano. É em dezembro que a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza um dos movimentos mais importantes ligados à área da saúde do país. Batizado como Dezembro Laranja a campanha, que acontece desde 2014, tem o objetivo de fortalecer a importância da utilização de medidas fotoprotetoras e do diagnóstico precoce sobre este, que é o tipo de câncer mais comum no Brasil.

A ação faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. O câncer da pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura. Por causa da pandemia, em 2020 a campanha será exclusivamente no formato digital em todos os canais de comunicação da SBD. O tema escolhido para esse ano enfatiza que câncer de pele é coisa séria e que a conscientização deve começar na infância.

Prevenção desde a infância

Na campanha desse ano, crianças e adolescentes são porta-vozes para abordar o tema de forma didática e descomplicada. Mostrando a importância de não subestimar a doença e de levar em consideração medidas de fotoproteção desde a infância. Para liderar o #DezembroLaranja, a campanha desse ano tem como embaixadores os irmãos e influenciadores digitais Maria Clara e JP. Os irmãos são líderes de audiência entre os canais infantis do YouTube Brasil. Com 23 milhões de inscritos, a dupla embarcou na campanha do #CancerdePele junto com a SBD para convidar toda a criançada, os adolescentes e os adultos a conscientizarem suas famílias, amigos e seguidores das redes sociais sobre os riscos da doença, como preveni-la, fatores de risco e tratamentos disponíveis.

A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele. Hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus. É de extrema importância evitar a exposição solar entre 9h e 15h, preferindo a sombra. Além de utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

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