Tentativa de homicídio em Lages: réu é condenado durante júri realizado em centro universitário
O réu foi condenado a quatro anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado e a um mês de detenção por ameaça
• Atualizado
Um homem denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina por tentar matar um desafeto com um facão em um bar no dia 22 de julho de 2021, o réu foi julgado no campus do Centro Universitário Unifacvest, em Lages.
Essa foi a primeira vez que um crime doloso real foi julgado na Universidade, até então a instituição de ensino só havia realizado júris simulados no âmbito do curso de Direito.
“Aproveitem a oportunidade de acompanhar de perto o rito de um julgamento dentro do ambiente de estudos, pois essa experiência pode ajudá-los no futuro”, disse o Promotor de Justiça Fabrício Nunes aos acadêmicos presentes no júri.
O réu, um homem de 34 anos, foi submetido ao Tribunal do Júri por tentar matar um desafeto com um facão, deixando-o com vários ferimentos. Mais tarde ele entrou no hospital dizendo que iria “terminar o serviço”, mas foi contido pela polícia.
O réu foi condenado a quatro anos de reclusão em regime semiaberto por tentativa de homicídio com recurso que dificultou a defesa da vítima e a um mês de detenção por ameaça. Ele poderá recorrer em liberdade, mas, se o recurso for negado, terá que iniciar o cumprimento da pena dormindo no presídio.
A sessão do Tribunal do Júri durou cerca de três horas e meia, e ela ter sido realizada no campus da Unifacvest proporcionou aos acadêmicos a oportunidade de conhecer mais de perto o rito de um julgamento. Os acadêmicos assistiram os depoimentos das testemunhas, o interrogatório do réu e os debates entre a acusação e a defesa. Para Luciano Lima Rodrigues, da quarta fase, “o conhecimento adquirido ajudará muito no futuro”.
A caloura Tainara Silveira ressalta o quão importante é viver essa experiência dentro da faculdade, “Espero que aconteça mais vezes, pois temos muito a aprender e precisamos desse contato com situações reais”, disse a universitária.
Leonardo Schoenardie, da nona fase, elogiou os argumentos da acusação. “No último júri simulado fui o Promotor de Justiça e hoje tive o privilégio de acompanhar de perto uma atuação real. Parabenizo o Ministério Público pelo resultado e agradeço a todos os envolvidos pela oportunidade”, afirmou.
O Promotor de Justiça Fabrício Nunes avaliou positivamente a experiência, “A realização de uma sessão do Tribunal do Júri dentro de uma instituição de ensino superior aproxima os acadêmicos da realidade vivida pela sociedade, preparando-os para o futuro de forma prática”, ressaltou o promotor.
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