Polícia Civil capacita agentes da Serra Catarinense em resposta a atiradores ativos
O curso simula situações de ataques reais
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Cerca de 20 policiais civis da Serra Catarinense estão participando de um curso intensivo de enfrentamento a agressores ativos, ministrado por agentes de Florianópolis na Uniplac, em Lages. O treinamento, que se estenderá por quatro dias, visa preparar os policiais para prevenir e responder a ataques em escolas, creches e locais públicos com grande circulação de pessoas.
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O Agente da Polícia Civil, Teily Fábio, explica que o objetivo principal é a prevenção de ataques. “É um evento que não é exclusivo de Santa Catarina, não é exclusivo do Brasil, acontece a nível mundial”, afirma Fábio. Ele destaca que a iniciativa surgiu após ele e outros policiais civis de Santa Catarina participarem de um curso da SWAT em Utah, nos Estados Unidos, onde a realidade de agressores ativos já é enfrentada há algum tempo. “Um dos tópicos do curso, realmente por conta dessa realidade que eles já enfrentam há algum tempo lá, era essa parte de prevenção, de impedir agressores ativos em locais públicos”, complementa.
O treinamento em Lages, que já incluiu aulas teóricas e práticas de tiro, foca agora em dois dias de simulações realistas na universidade. Utilizando equipamentos de airsoft e munições de festim, os policiais são expostos a cenários que os aproximam o máximo possível de uma situação real. A parte teórica aborda a origem e os motivos desses ataques, quem são os agressores e como preveni-los. “Caso realmente venham a ocorrer, porque eles são muito imprevisíveis, que esse policial consiga chegar no local e parar esse ataque o mais rápido possível”, ressalta Fábio.
Resposta rápida e eficaz
A capacitação é importante para que, em caso de um ataque próximo ao seu local de trabalho ou residência, o policial consiga “minimizar o mais rápido possível qualquer tipo de efeito colateral que esteja acontecendo ali”. Teily Fábio reforça a importância do preparo, citando casos lamentáveis ocorridos em Santa Catarina, como os ataques em creches em Saudades e Blumenau.
“Em 2002, a gente tinha uma média de, de 2002 até 2010, um ataque, dois ataques por ano no Brasil. Hoje, a gente já está chegando em números de 23, 24, 25 ataques por ano”, lamenta Fábio, evidenciando o crescimento alarmante desse tipo de ocorrência. “Aqui em Santa Catarina, a gente quer realmente fazer de tudo para que isso não aconteça mais”, finaliza, sublinhando o compromisso em garantir que pais e responsáveis se sintam seguros ao deixar seus filhos em creches e escolas.
O curso segue até amanhã, com os policiais civis da região da Serra Catarinense imersos em simulações e aprimorando suas técnicas para o enfrentamento a agressores ativos, sob a coordenação de experientes policiais de Florianópolis.
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