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“Melhorar a vida das pessoas é o que me move” afirma Juliano Polese, pré-candidato a prefeito de Lages

O pré-candidato participou de uma entrevista na Rádio Clube nesta sexta-feira (28)

• Atualizado

Ingrid Deucher

Por Ingrid Deucher

Juliano Polese, pré-candidato a prefeito de Lages. | Foto: Nadine Amaral / Rádio Clube
Juliano Polese, pré-candidato a prefeito de Lages. | Foto: Nadine Amaral / Rádio Clube

Dando continuidade nas entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de Lages, o entrevistado desta sexta-feira (28) foi Juliano Polese (PP).

O que fez Juliano Polese se tornar pré-candidato e decidir disputar o cargo de prefeito de Lages?

Em primeiro lugar para melhorar a vida das pessoas, essa foi a frase que eu tive no início da minha jornada como homem público e eu entendo que a gente precisa sempre trabalhar nesse sentido. Acredito que todos têm essa vontade, cada um do seu jeito, do seu modo. Eu sou administrador de formação, tenho isso na minha jornada acadêmica, fui professor também da Universidade aqui e prezo sempre pela boa gestão, então isso é o que me caracteriza, fazer uma boa gestão para transformar essa boa gestão em melhorias para as pessoas.

Melhorar em que sentido? Dê alguns exemplos para nós.

A gente pode falar de qualquer um dos assuntos da prefeitura, mas vamos falar hoje por exemplo de mobilidade urbana, que é uma coisa que a gente evoluiu bastante, condição de trafegabilidade das ruas, melhoria de acessibilidade, veja que praticamente todas as entradas da cidade foram melhoradas, muitas ruas em todas as regiões da cidade foram pavimentadas, houve alteração de trânsito também, no intuito de dar um melhor fluxo, facilitando a ida e vinda das pessoas, a criação de muitas linhas, seja de ciclofaixa, ciclovias, para que a gente dê essa alternativa para a nossa comunidade, então esse é um exemplo prático do que a gente pode fazer como gestor público para melhorar a vida das pessoas neste quesito da mobilidade urbana.

Como que o partido PP está se preparando para essas eleições municipais? Já tem os vereadores, todos os pré-candidatos nomeados, já está tudo pronto para no momento da convenção se firmarem os nomes e o nome talvez do Juliano Polese como candidato a prefeito?

Justamente. A gente até fez um ato há alguns dias atrás na câmara de vereadores. O partido vem trabalhando com a sua executiva que é formada por 14 membros para que a gente possa ter essa nominata e nós apresentamos uma nominata até maior do que as 17 cadeiras que tem hoje na disposição da câmara de vereadores, ou melhor, 16 cadeiras mais uma vaga que é o que a legislação determina, e temos aí em torno de 20,21 pré-candidatos que no momento oportuno das convenções, que acontecem de 15 de julho até 05 de agosto vai se definir definitivamente esses nomes para compor a nossa chapa e a gente buscar de forma democrática o maior número de cadeiras possíveis para o nosso partido, que tem bem representado a comunidade lageana.

Pré-candidato, o partido PP vem conversando com outros partidos? Tem algo já encaminhado em termos de coligações?

O progressistas tem conversado com diversos partidos, com diversos outros pré-candidatos no intuito de alinhamento, de entender qual é a posição de cada um deles, mostrando a nossa posição, o nosso caminho, como a gente pensa que deve ser o próximo ciclo de 4 anos do município de Lages e como é natural desse momento de conversas a gente tem feito isso também.

Claro que isso vai se definir provavelmente lá nos 45 do segundo tempo como a gente diz no jargão popular do futebol né, porque é uma característica do pleito né, você tem muitas, se não me engano são 9 pré-candidatos que estão participando aqui com vocês e talvez ainda apareça mais algum no decorrer do caminho como aconteceu aqui né, que depois de definido acabou chegando mais um pré-candidato, isso é da democracia, isso é legítimo do processo e a gente está participando ativamente desse processo, conversando com os colegas aqui e também com a nossa executiva estadual, com o Esperidião Amin e com toda a nossa equipe que faz parte do progressistas. 

Há possibilidade do pré-candidato recuar da majoritária, dizer “não quero mais ser pré-candidato a prefeito, vou disputar outra função”? Vice-prefeito parece que não pode mais porque foi eleito duas vezes, mas por exemplo voltar a disputar um cargo no legislativo?

Em hipótese alguma. Se vocês lembrarem eu fui vereador na 17ª legislatura, no período de 2013 a 2016, e no final daquele momento todo mundo dizia, pela atuação que a gente teve na câmara de vereadores que eu deveria ir à reeleição e eu falei que não iria porque sentia que aquele momento não era mais de continuar como legislador e recuei naquele momento.

Depois por circunstâncias acabei sendo o nome escolhido pelo Progressistas para ser o vice do Ceron, disputamos uma eleição, inclusive o Ceron dizia naquele tempo que não seria candidato à reeleição, então a nossa proposta era fazer bons 4 anos e depois nos lançarmos a prefeito para um 2º mandato, mas eu também desde o princípio entendia ser legítimo daquele prefeito que faz uma boa administração, dar continuidade ao seu trabalho, por isso aceitei continuar com ele como vice do 2º mandato, mas em hipótese alguma serei candidato a vice ou a vereador no próximo pleito.

Eu vou ser candidato a prefeito ou então não serei candidato, se por alguma circunstância, o partido entender de uma forma diferente, o mais importante do que o nome da gente é o projeto, é alguém que nos representa dentro daquilo que a gente entenda ser o melhor, é dessa forma que a gente sempre conduziu o processo, é dessa forma que eu fui secretário de saúde, que eu fui vereador, que eu fui vice-prefeito nesses últimos anos e é dessa forma que eu vou continuar colaborando, sendo candidato a prefeito, sendo prefeito ou não, porque a nossa cidade, a cidade que a gente ama é Lages e a gente vai sempre estar trabalhando por Lages independente da cadeira que a gente esteja sentado.

Pré-candidato, mas para a gente entender, então se o partido daqui a pouco indicar o vice de algum outro candidato seria outro nome então, é isso?

Certamente. Pode acontecer de lá no final, no dia 05 de agosto, se chegar em algum entendimento com algum outro candidato e dizer “Vamos fazer alguma coligação”, como a gente fez lá atrás com o PSD, nós tínhamos o Arnaldo Moraes que era o nosso candidato e em determinado momento ele optou por não continuar nesse processo e aí se fez a coligação com o PSD e o Progressistas indicou o meu nome para ser candidato. 

Qual seria o nome para vice, caso o senhor venha disputar para prefeito?

Aqui nesta sala nós temos duas opções, dois vereadores atuantes que fizeram um bom trabalho como nas secretarias, que nos apoiaram lá no colegiado. 

Não tem uma decisão ainda, até porque não se está discutindo isso neste momento. Nesse momento eu sou o candidato e nós estamos procurando agregar o maior número de pessoas e de simpatizantes possíveis, até partir dos outros que queiram estar dentro deste projeto, para que a gente possa construir uma opção para colocar na análise do eleitor.

Pré-candidato, normalmente a gente vê uma afinidade do PP com as ideologias do próprio PSD e durante muito tempo foi essa dupla na administração de Lages, que por dois mandatos foi Juliano Polese com Antônio Ceron. Não seria o momento de o PSD apoiar agora, o PP ou até mesmo o senhor não se sente um pouco desconfortável se o PSD apoiar outro candidato e o PP poderia sair dessa ideologia junto com o PSD e partir para uma outra posição neste momento?

Sobre o PSD eu não posso comentar, o que eu posso dizer é que o PP tem um projeto, que o PSD foi convidado a participar, a gente tem apoio de muitos colegas do PSD, até porque fazemos parte de um grupo que está a frente da prefeitura, mas é natural, a cada 4 anos o nosso sistema partidário funciona dessa forma, nós já estivemos juntos com o PSD, com o Raimundo Colombo depois reeleição, em um segundo momento o PSD optou por apoiar o Coruja, nós fomos sozinhos com o Renatinho, com o PSDB de vice, na época o Pinheiro, vencemos a eleição, então a eleição é um processo que acontece a cada 4 anos e a cada 4 anos é uma história diferente.

A primeira eleição que eu participei foi em 1992, eu tinha 17 anos, o Coruja era candidato na época, com o Doutor Goulart, na época o Cosme meu tio foi vice do Coruja, então eu iniciei no processo político. Diziam que era uma eleição “inganhável” e o Coruja a acabou ganhando e depois o Renatinho não tinha chances nenhuma contra o Coruja nessa eleição e acabou ganhando, então eu vi o Coruja “ganhar uma inganhável” e “perder uma imperdível”, ou seja, a mesma pessoa em momentos diferentes teve resultados diferentes, então a gente acredita que o processo vai se dar efetivamente a partir do dia 5, quando nós vamos conhecer aqueles que vão concorrer efetivamente ao pleito e só depois disso é que as pessoas vão começar efetivamente a discutir política, porque hoje é quem está envolvido diretamente que está preocupado com isso e esse momento aqui é um momento importante para nós, para colocarmos as nossas ideias, para respondermos as perguntas e para deixar claro para as pessoas quem são os potenciais candidatos que vão estar disputando o pleito de 06 de outubro.

O senhor hoje como pré-candidato, caso eleito prefeito do município, o que o senhor faria de diferente na administração, como seria a sua administração?

Eu tenho uma característica, que vocês que já estiveram no gabinete viram a questão dos indicadores de desempenho que a gente tem de acompanhamento por videomonitoramento, ou seja, é usar a tecnologia que nós temos hoje à disposição em prol das coisas boas que podem acontecer no nosso município.

Trocava uma ideia agora com o Dr. Roberto Amaral, que falava de um sistema que o grupo oferece hoje e a gente está em conversações para adquirir esse sistema de inteligência até para a questão de obras, que as próprias câmeras identificam onde tem problema e nos ajudam a agilizar esse processo. Acho que a prefeitura tem sempre que evoluir, a gente precisa agregar esses instrumentos como foi o saúde na mão, como é o programa da saúde que você pode acessar hoje através do aplicativo para fazer uma primeira consulta, enfim, tudo isso vem a somar, junto com outras ações que a gente espera no momento oportuno lá na campanha, poder externar e apresentar para cada um dos interessados no processo.

Na sua visão, qual seria a prioridade de Lages neste momento?

A prioridade hoje que a gente mais recebe demandas é pavimentação de vias disparado nos indicadores que a gente tem, esse aplicativo que a gente colocou à disposição ele nos dá essa capacidade de verificar, então hoje de cada 10 demandas, 7 são em relação a mobilidade urbana, seja quem quer que pavimente a rua, quem quer que melhore, faça um patrulhamento, ou que arrume um buraco da rua, enfim hoje apesar de esta administração ter sido a administração que mais pavimentou na história de Lages disparadamente é a maior demanda.

Quando você começa a fazer muita rua, aquele que não tem sua rua pronta vê como uma oportunidade, procura demandar também, então a gente precisa evoluir muito nisso, pavimentamos muitas vias, mas a gente tem que fortalecer ainda mais porque hoje é a grande demanda. Isso que nós temos hoje um problema de assistente social que tem seus problemas mas tem 8 CRAS, tem os CREAS, ou seja tem a estrutura formada, as nossas unidades de saúde permitem uma cobertura de 100% do município de Lages, precisa melhorar, precisa de mais profissionais, a gente precisa estar sempre evoluindo, mas a estrutura está formada, está pronta, então agora está mais fácil para você dar um passo seguinte que é em relação a melhorar e otimizar estes processos e estes atendimentos.

O senhor é favorável a fazer mais empréstimos para a pavimentação de ruas?

Sem sombra de dúvidas. Ninguém constrói ou reforma uma casa sem buscar dinheiro, dificilmente você tem todo esse dinheiro no bolso, então temos que ser arrojados e ir atrás de recursos e graças ao trabalho que nós fizemos lá em 2017, de recuperação do crédito da prefeitura, que tinham sido comprados uma série de equipamentos, um terreno, mas ninguém pagou, foi para a justiça, questionou o valor do juros, nós viemos pagando tudo isso ao longo destes 7 anos e meio até aqui, vamos continuar pagando até o final desta gestação. O próximo prefeito sendo eu ou sendo outro deverá continuar quitando com esses compromissos que foram por outros gestores assumidos lá atrás, mas a gente tem que aplicar efetivamente em melhorias para a comunidade.

Pré-candidato, a questão de diversos agentes da administração de Lages, inclusive o prefeito, terem sido afastados das funções, devido a uma ação do Ministério Público dentro da Operação Mensageiro, isso trás uma imagem negativa para a administração, no qual o senhor como vice-prefeito faz parte, como o pré-candidato vê essa situação, isso afeta a sua pré-campanha?

Não afeta a minha pré-campanha de forma alguma, porque não tem nada a ser feito para esse processo. É um processo da justiça, que lá vai ser resolvido, eu não me envolvi neste processo, aqueles que foram envolvidos estão respondendo na justiça e lá vão ser julgados e a gente vai aguardar tranquilamente este resultado e vamos tocar o processo naturalmente como tem que ser.

Pré-candidato, o senhor tem entrevistado os bairros, tem conversado com as pessoas? O que o senhor tem observado nos bairros? Na estrutura das ruas também, qual á a sua avaliação?

Isso é o que eu gosto de fazer. Acho que não faltei em nenhum dos programas que foram realizados nos bairros da nossa cidade, porque lá é uma oportunidade que a gente tem de estar mais próximo das pessoas, de ouvir as pessoas e a partir dessa audição você consegue definir as reais prioridades, porque muitas vezes se tu fica muito dentro de gabinete, ouvindo muito pelos outros, você não tem a sensibilidade de entender a diferença que faz na vida de uma pessoa uma rosinha lá no fundo do bairro Santa Clara, que para quem nem conhece o bairro não sabe da importância, mas para o cara que mora lá, para o ônibus que passa todos os dias, para a criança que sai de cada ir para a escola e não embarrar o tênis faz toda a diferença do mundo, para a dona de cada que tem que estender uma roupa no varal e não quer que ela pegue poeira faz toda a diferença do mundo.

Então essa oportunidade de a gente estar na administração nos aproxima muito das pessoas e nos dá essa diferença de conhecer a realidade dos nossos bairros e de poder sentir o que as pessoas sentem no dia a dia, o que faz diferença na vida delas para o desenvolvimento da nossa cidade.

Para melhorar a estrutura, o que tem que melhorar? É o número de máquinas, de funcionários, o que é que não funciona?

A gente tem que ampliar. Fizemos a aquisição de um maquinário bem grande, foram 10 caçambas, carregadeira, retroescavadeira. Lages é uma cidade muito grande e muito espalhada, é difícil dar conta de todos os bairros principalmente porque viemos de um ano que nós tivemos praticamente 50% a mais de chuva do que a série histórica apresentava. Quem mora em rua que ainda não é pavimentada, mesmo as pavimentadas sofrem muito mais quando você tem um volume muito grande de chuvas, isso vale para a cidade e para o interior.

Então a gente tem procurado melhorar a cada dia, ampliar o número de profissionais trabalhando nestas ações para que a gente possa atender melhor a cada uma dessas comunidades, a cada um dos bairros da nossa cidade e dar uma resposta para essas pessoas. É organização, é gestão, é disso que a gente precisa cada vez mais nos embasando principalmente nas questões tecnológicas que hoje estão à nossa disposição, para que a gente possa otimizar, tanto os equipamentos, quanto os recursos financeiros e as pessoas que nós temos para trabalhar.

Um dos pontos que o senhor destacou dentro da questão da mobilidade foi o transporte coletivo. A empresa Transul apresentou alguns números e ela teve uma baixa demanda significativa pós pandemia. A Prefeitura de Lages, através de subsídios para manter a tarifa acessível, dá uma certa quantia para a empresa Transul, para manter o transporte coletivo com a tarifa mais baixa. Mas, ainda assim é um problema porque empresários relatam, principalmente nos feriados e finais de semana, que faltam coletivo, que faltam os transportes buscar estes trabalhadores e até mesmo levar outras pessoas ou outro público para os seus comércios. Como o senhor vê a situação da Transul com a prefeitura de Lages e como se pode resolver este problema do transporte coletivo?

A solução passa pelo governo federal, que mais uma vez traiu os municípios quando há dois anos atrás deu dois bilhões e meio para os municípios subsidiarem o transporte público coletivo e depois retirou este subsídio. Então, o dinheiro que nós recebemos para repassar para as empresas nos foi dado durante um semestre e de lá para cá faz 1 ano e 6 meses que a gente acaba não recebendo mais, isso tem feito uma diferença muito grande nas contas da prefeitura. O transporte público é um dever do governo municipal e a gente tem que discutir soluções.

Passa por liberar nos finais de semana, para que as pessoas comecem a conhecer melhor a estrutura que nós temos, que é muito boa, tu não vê as pessoas reclamarem da qualidade do nosso serviço, não vê muitas reclamações dos horários a exceção de pontos extremos da cidade, mas a gente tem uma redução de em torno de 400 mil usuários/mês para 250 mil, então transforme isso nos valores que você vai ver que a empresa deve ter dificuldade, seja essa a que está atuando ou qualquer outra que venha para cá.

Então, foi uma decisão da prefeitura de Lages em parceria com a câmara de vereadores definir não aumentar a tarifa, para compensar essa redução de usuários e sim criar um subsídio, que foi aprovado na câmara de vereadores e está sendo rigorosamente pago à empresa para que ela possa manter até que se monte uma nova política pública que o governo federal vem estudando, para que a gente possa buscar uma solução que não é para Lages, é para o Brasil inteiro. 

Qual a sua opinião sobre fábricas de lajotas, dá para ter nos bairros para agilizar essa pavimentação de ruas? 

Dá, agora tem que se fazer a conta para ver se vale a pena. Nós já tivemos uma experiência aqui no nosso município, que funcionou muito bem mas depois degringolou, então nós temos que ter muita atenção a isso. Hoje o asfalto tem uma aplicação muito mais rápida, veja que da grande maioria das ruas que nós fizemos foi pavimentação de asfalto, porque é a vontade maior das pessoas, agora é claro que a lajota, o paver, eles permitem uma infiltração maior de água, isso é interessante também para a questão das enxurradas que a gente vem sofrendo ao longo dos últimos tempos, então tudo isso tem que ser analisado.

O momento é de discutir, o que a comunidade pensa, o que a gente entende, quais são os números que são viáveis, para que a gente possa avançar rapidamente e fortemente na pavimentação, como nós vamos fazer por exemplo lá com o Novo Milênio, onde vai ficar o bairro todo pavimentado e a nossa ideia é nessa linha, agora como a gente já fez as principais ruas, todas as nossas unidades de saúde já tem acesso pavimentados, de todas as nossas unidades escolares só 17 precisam ainda de pavimentação e a gente quer concluir também até final deste ano, o próximo passo agora é o fechamento do bairro, o bairro sem poeira e sem barro, essa é uma ideia que a gente vai levar para a campanha depois do dia 05 de agosto.

Pré-candidato, mas a lajota não sai mais barato do que o asfalto? Não daria para pavimentar mais ruas?

Dependendo da rua Adilson, a gente tem hoje um valor muito parecido, nós já tivemos ruas asfaltadas quando vai para a licitação, obviamente, que ela saiu mais barato de asfalto do que de lajota, em virtude de toda à base. Hoje não se faz mais asfalto como fazia antigamente, que era pegar a rua do jeito que estava e largar uma capinha de asfalto por cima. Hoje, todas as nossas obras, inclusive preocupados com a questão da alteração climática, das enxurradas, das enchentes, é fazer toda a parte de drenagem. 

Segundo o balanço apresentado na Câmara de Vereadores, referente ao ano 2023, Lages teria uma dívida a longo prazo de quase 110 milhões de reais. Esse valor tem algumas mudanças, já que foi apresentado no primeiro quadrimestre de 2024. Como o pré-candidato pensa em administrar o município, sabendo o tamanho dessa dívida, que é considerada maior em dez anos?

Essa dívida é mínima perante a receita do município, em relação a praticamente 1 bilhão de reais, que deve ser o orçamento executado em Lages, 100 milhões representaria apenas 10%. Então nós precisaríamos avançar com obras, entregar coisas para a comunidade, é acabar com essas deficiências que nós ainda temos nos bairros da nossa cidade, este é o nosso objetivo. Se tiver que fazer algum endividamento, ao mesmo tempo que a gente está pagando esses anteriores, hoje esse de pavimentação representa mais ou menos 60%, já não são mais 110 milhões.

O fechamento do primeiro quadrimestre já era de 92 milhões a dívida do município. Vai oscilar nessa faixa sem nenhum problema, o município não tem dificuldade em honrar com esses compromissos, têm um prazo de carência, tem um longo prazo para pagar, nosso problema está na previdência, aí é um grande problema que nós vamos ter que buscar conjuntamente uma solução, porque um Finisa que nós demoramos dois anos para executar obras de um Finisa de 50 milhões que a gente vai ter aí 10 anos para pagar, nós estamos gastando todo ano para portar o pagamento de mil e poucos servidores efetivos do município, que tem o seu direito garantido por lei, aposentados do município, mas que não tem o fundo garantidor para pagar e a prefeitura tem que tirar do caixa todo mês 5 milhões de reais este ano, como foi ano passado e vai piorar. Se agora são 50 milhões, a próxima gestão vai ter em média 75 milhões por ano para tirar do caixa para pagar esses aposentados da prefeitura, que tem esse direito, tem que receber, mas a prefeitura vai ter que achar uma solução para minimizar este impacto no orçamento.

Para assistir a entrevista completa com Juliano Polese, acesse nossa live no youtube:

CLUBE COMUNIDADE – 28/06/2024 – YouTube

Ao todo, Lages tem nove pré-candidatos. As entrevistas estão sendo transmitidas ao vivo e com imagens no programa Clube Comunidade, a partir das 10h. Para assistir acesse o Facebook da Rádio Clube de Lages ou no YouTube pela Clube TV.

Juliano Polese, pré-candidato a prefeito de Lages. | Foto Nadine Amaral / Rádio Clube

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